Faz quarenta anos da mais bem sucedida operação militar que resgatou os passageiros da Air France A300, que tinha saído de Paris para Tel Aviv e foi sequestrado por terroristas palestinos e alemães. O drama dos reféns começou com o sequestro desse avião durante o voo AF139 que partia de Atenas para Paris e de Paris a Tel Aviv. Havia 258 pessoas a bordo e oito minutos após a decolagem a aeronave foi dominada por quatro terroristas, dois dos quais possuíam passaportes de países árabes, um do Peru e uma mulher do Equador. Posteriormente, descobriu-se que os dois últimos eram membros da organização terrorista alemã. O avião foi desviado para Entebbe, em Uganda, após aterrissar em Bengasi, na Líbia, para reabastecer e seguir viagem a Uganda na madrugada de 28 de junho de 1976. Então, com o sequestro consumado, o governo israelense decidiu enviar uma operação militar através de cinco Hércules e quase quinhentos soldados, entre eles o comandante Yonatan Netanyahu, que era o irmão do primeiro-ministro atual Benjamin Netanyahu, e que por sinal foi a única baixa do exército isralense, foi exatamente o comandante Yonatan. Em homenagem a ele, mudou-se o nome de Missão Entebbe para Operação Yonatan. Pelo que virou tema de vários livros e vários filmes, pelo grande sucesso alcançado nessa operação. O primeiro-ministro se encontra atualmente em Entebbe, pelo que foi colocado uma placa no aeroporto como homenagem àqueles herois que libertaram os passageiros do Airbus bem como sua tripulação francesa. Netanyahu também irá ao Quênia e à Tanzânia para uma série de diálogos com os dirigentes daqueles países e fortalecer as relações afro-israelenses.
(Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)