A tensão no Oriente Médio está no ápice e após a morte do general iraniano, Qassem Soleimani, por aqui na região, só tem trocas de ameaças, tanto do lado do Irã contra Israel, bem como das forças armadas americanas com ataques desproporcionais contra o Irã, tornou-se a tônica na região. Ontem (05), por exemplo, no cortejo com os restos mortais de Soleimani, a palavra de ordem era morte a América, pelo que a noite já se ouvia tiros contra a embaixada norte-americana em Bagdá, no Iraque. Também foi divulgado por um funcionário de alto escalão iraniano que o país atacará Israel e reduzirá Tel Aviv e Haifa a pó, se os EUA concretizarem as ameaças mais recentes do presidente Donald Trump, que afirmou ter cinquenta e dois alvos iranianos na mira. Por sua vez o Irã já disse que não respeitará mais o acordo nucelar de 2015, que limitava o nível de enriquecimento de urânio a 3.6% e que sua produção não terá mais restrições. Entretanto, vale ressaltar que o país persa pode retornar ao acordo, caso as sanções impostas pelos EUA forem removidas e se os interesses iranianos forem garantidos. O urânio de baixo enriquecimento é usado para produzir combustível de reatores nucleares, mas potencialmente podem servir para produção de armas nucleares. Com tudo isso, até o Papa já pediu para que os líderes dos países em questão pensem antes de agir e achem uma solução pacífica para as divergências. Já pelo lado do Iraque a coisa não está nada simpática para os EUA e o próprio Premier, Adel Abdel Mahdi, já defendeu que as tropas americanas devem deixar o país e classificou a morte do general Soleimani de “assassinato político”. Por sua vez, Trump disse para que os EUA saí do Iraque, o país árabe terá de pagar todas as despesas que os EUA arcaram com várias obras de bases americanas no Iraque.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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