1- Um trem que viajava em alta velocidade, bateu na principal estação central do Cairo, capital do Egito, provocando um seríssimo acidente, que deixou 25 mortos e 47 feridos nessa quarta-feira (27). Em decorrência da colisão, o tanque de combustível explodiu e provocou um enorme incêndio dentro da estação de Ramsés, a principal da capital egípcia. Passageiros que aguardavam na plataforma foram atingidos pelas chamas. As imagens divulgadas em redes sociais mostram corpos espalhados pelo chão e um homem atingido pelo fogo que desce uma escada em pânico. Ainda não se sabe o que provocou a colisão. No entanto, um funcionário da ferrovia afirmou à agência Associated Press, sob condição de anonimato, que ainda é cedo para descartar a hipótese de ataque terrorista. O inspetor geral da ferrovia, Ashraf Momtaz, afirmou à AP que o ocorrido poderia ser explicado de várias maneiras. Uma das hipóteses analisadas era a de que alguém poderia ter colocado a composição em alta velocidade e saltado em seguida. Inclusive, até o momento, não está claro se a locomotiva tinha um condutor no momento da colisão ou não. O primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbuly, compareceu ao local do acidente e disse que o incidente será investigado. “Qualquer um responsável por negligência deverá responder por isto e assumir as graves consequências”, afirmou. O Ministro dos Transportes do Egito pediu demissão, demissão está que foi aceita pelo Primeiro Ministro Egípcio, dando a entender que não se trata e um caso de terrorismo.

2- O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está sendo acusado de quebra de juramento e corrupção. Caso este que já havíamos comentado há cerca de um ano por aqui. De acordo com o Procurador Geral de Justiça israelense, Avichai Mandelblit, O amigo e empresário do político, Arnon Milchan, enviou cerca de 25 caixas de charutos, cada uma valendo cerca de três mil reais e da mesma forma enviou também champagnes de mesmo valor, conforme o apurado das investigações, o valor total foi de charutos, champagnes, bem como joias para sua esposa, é em torno de R$ 378.000,00. Milchan recorreu a Netanyahu, pedindo para que seu visto nos EUA fosse estendido, então teria o Primeiro Ministro se dirigido ao embaixador norte-americano em Israel, Dan Shapiro, e pedido para que o empresário e amigo, pudesse ficar nos EUA por mais um ano. Entretanto, as denúncias que incluem fraudes, suborno e quebra de confiança ainda podem ser arquivados após uma audiência que provavelmente ocorrerá dia 9 de abril, após as eleições. Netanyahu poderá tentar convencer o procurador geral a não acusá-lo. O Primeiro Ministro que está em busca de um quarto mandato consecutivo, nega qualquer irregularidade. De acordo com os meios de comunicação em Israel, Netanyahu está encrencado principalmente no caso 4000 em que é acusado de conceder concessões regulatórias a Shaul Elovitch, que controla o site Walla News, um dos dois principais sites de notícias do país, e a maior empresa de telecomunicações de Israel, o grupo Bezeq. Já no caso no caso 1000, o primeiro-ministro supostamente aceitou doações de empresários ricos em troca de favores políticos. Neste caso, as acusações são fraude e quebra de confiança. Por último, no caso 2000, há suspeita de um acordo entre o primeiro-ministro e Arnon Mozes, editor do jornal “Yedioth Ahronoth”, um dos mais lidos no país, em que o diário faria uma cobertura favorável a Netanyahu em troca de o premiê prejudicar o concorrente “Israel Hayom”. Neste caso, a acusação seria de violação de confiança e fraude. É a primeira vez na história de Israel que um Procurador-Geral anuncia uma acusação de suborno a um Primeiro-Ministro em exercício do cargo. Avichai Mandelblit disse ao político que ele feriu a imagem do serviço público e da fé pública, agindo por interesse e abusando de sua autoridade, inclusive corrompendo funcionários públicos que trabalhavam com Netanyahu.

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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