1- Aqui em Israel já começaram os preparativos no Aeroporto Internacional Ben Gurion para reiniciar os vôos comerciais, levando os passageiros israelenses para àqueles países que já estão livres também do novo coronavírus. Nesse verão os turistas israelenses nunca antes foram tão desejados como desta vez, já que Israel não se lembrar de uma vitória tão marcante, desde 1967 na famosa Guera dos Seis Dias, como está de agora contra o inimigo invisível, coronavírus. Então, a Hungria, a Croácia e as Ilhas Seychelles etão investindo muito nas propagandas da televisão, chamando os turistas israelenses para esses locais. Mas se por um lado tudo é euforia, por poder viajar novamente para fora do país, os preços estipulados para estes pacotes turísticos estão praticamente o dobro do preço que era o ano passado e o que é pior,  mesmo caro, o problema parece que vai ser vaga, já que a procura é muito grande. Dando a entender que o confinamento em Israel trouxe uma sensação de reclusão, pelo que as pessoas estão levando apenas em consideração a sensação de liberdade e não estão se incomodando com o preço do passeio. Mas ainda existe outra possibilidade que é o próprio turismo interno, onde Israel não tem mais coronavírus no estágio de disseminação. Acredita-se que muito rapidamente, os hotéis aqui em Israel serão reabertos e consequentemente a exploração do turismo doméstico, principalmente porque será muito mais barato para o turista israelense. O Expresso Oriente aproveita o ensejo desta matéria para parabenizar o nosso chefe, Nelson Freire, pela passagem de mais um aniversário!

2- Eu hoje fiquei muito triste, pra não dizer arrasado com tudo que eu vi na reportagem que foi passada na TV israelense, sobre o Brasil que a Globo não mostra, porque o Brasil que aparece no mundo é aquele que a gente está acostumado a ver nos cartões postais, que sempre deixam a imagem daqueles que desejam visitar o Brasil, do paraíso que realmente somos, como Rio de Janeiro ou de Foz do Iguaçu, do Pantanal ou ainda das belas praias  brasileiras, mas o que passou aqui agora foi a imagem de um cemitério improvisado com uma escavadeira jogando os corpos dentro das covas, dentro de caixões de madeiras muito simples, lembrando muito o Holocausto onde os judeus eram jogados as pressas, para que o mundo não soubessem o que os nazistas faziam. Mostrou também muitas casas de papelão, se é possível chamar de casas, ruelas cheias de lama provenientes do esgoto de cada casa destas ruelas, já que não há saneamento básico. Não entendi bem onde isso foi filmado, mas pelo sotaque do povo que falava era no Rio de Janeiro, bem como o outro local, por se tratarem de índios, eu presumo que seja na região da Amazônia. O que mais me impressionou foi a pobreza extrema, eu pensava que a Faixa de Gaza era muito pior do que as favelas brasileiras, entretanto errei feio, em Gaza não existem casas de papelão, que salve o Brasil!

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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