Fazia quase três semanas que Israel vivia em euforia, pela nova realidade do país e que dava a entender que a normalidade tinha retornado, após o terrível isolamento social como solução ao combate do novo coronavírus. Quando o número de vítimas israelenses estava bem baixo, o governo decidiu pelo fim do confinamento paulatinamente e os resultados eram excelentes, no máximo até quatro infectados por dia. Inclusive, alguns dias sem nenhum novo contaminado. Entretanto, após duas semanas, esse número saltou de quinze a vinte pessoas por dia e ainda sim, face ao número de infectados curados, a quantidade total de israelenses contaminados ainda caia. No entanto, nesta semana, a partir do último domingo, o número foi crescente, se aproximando de cem pessoas por dia e o que é pior, o número total de infectados cresceu mais do que curou-se. Desde o início do confinamento, até domingo desta semana, 26 casos tinham sido diagnosticados e de lá pra cá, cerca de 350 novos casos. Entretanto, o número de mortes continua estável desde o fim do confinamento até o momento, só mais cinco pessoas morreram. Agora existem 2 mil casos de contaminados e 290 pessoas mortas. O vice-diretor geral do ministério da saúde, disse durante uma audiência do comitê especial do parlamento israelense, que o coronavírus estava preocupando com esse aumento de números de infectados. O mais preocupante é que a partir do dia 14 de junho os salões de festas estariam sendo abertos e agora, sendo assim, haverá necessidade de um novo debate sobre o assunto. Por enquanto nenhuma decisão de fechar repartições públicas, comércio ou escolas foi tomada, mas a tendência é que medidas mais enérgicas sejam tomadas, para evitar confinamento e a proliferação do novo coronavírus.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)