Como se não bastasse o retorno do novo coronavírus a China, este país e a Índia; que são as duas nações mais populosas do mundo e com os exércitos inseridos no top 5, tanto em força, como em efetivo; estão com relações abaladas desde 1950, período este em que a Índia era colônia inglesa e estes traçaram as fronteiras sem consultar os chineses e obviamente sem autorização deles, não demorou muito para acontecer o primeiro conflito que ocorreu em 1962. Todavia, foi uma guerra muito curta, embora violenta, resultando numa derrota humilhante para Índia. Desde então tudo estava calma, embora com a fonteira intensamente vigiada de lá pra cá e há algumas semanas as provocações deram início ao conflito dessa terça-feira (16), onde os dois países chegaram as vias de fato.  A imprensa indiana afirma que cerca de 20 homens do lado hindu morreram, inclusive um coronel, em combate corpo a corpo com a tropa chinesa. Pelo lado chinês tiveram 43 baixas, sem definir se foram mortos ou feridos. Até o presente momento os chineses não se pronunciaram, como é de praxe. Tudo isso aconteceu na disputada região da Caxemira, que é altamente militarizada, face as revindicações territoriais, tanto pelos gigantes asiáticos, como também pelo Paquistão, que também detém um grande exército. Neste início do último mês de maio, as tenções aumentaram, depois que os chineses chegaram com tanques e equipamentos pesados em seu acampamento militar na fronteira, e o que é pior, cavando trincheiras, causando preocupação hindu e consequentemente procedimento similar ao chinês, como, por exemplo, aumento de tropas, material bélico e etc. Os chineses acusaram os indianos de construírem uma estrada de centenas de quilômetros para ligar uma base aérea, reativada em 2008; eles também os acusam de penetrarem no território chinês. A Índia rebateu e negou tais fatos. O mais importante é que os dois países estão interessados em intervenção política pela cúpula mundial, para evitar um confronto fatal, já que 3.440 km de fronteira entre os dois países, vivendo em desconfiança, não é agradável, nem seguro para nenhum dos lados.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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