O Primeiro Ministro do Estado de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou a imprensa israelense que independente de sua coalizão com a liga Azul e Branco, ele deverá levar a anexação gradual ao gabinete a partir da próxima semana. A Liga Azul e Branco se opôs ao plano de Netanyahu baseado na Acordo do Século do presidente norte-americano, Donald Trump, em diversos aspectos, principalmente em relação ao território a ser anexado. Benjamin Netanyahu já realizou diversos acertos ao programa de Trump e seu genro, o magnata Jared Kushner, com algumas modificações importantes, determinando a continuidade do território israelense e o controle total do Vale do Jordão, baseado no controle da fronteira com a Jordânia, caso contrário, o país se tornaria indefensível em temor de segurança militar. As negociações entre o LIKUD, o partido de Netanyahu e a liga Azul e Branco de Benny Gantz, avançaram nas últimas semanas, mas mesmo após uma reunião de três a quatro horas, entre Netanyahu, Gantz e Ashkenazi, eles não conseguiram chegar a um acordo sobre a extensão da anexação. Netanyahu por sua vez, se baseia no fato de que ele tem o apoio da maioria para cumprir seu plano de anexação, tanto no parlamento quanto no gabinete do governo, somente os colonos acreditam que Netanyahu deveria anexar toda a Samaria e Judeia, mas se isso ocorresse, os judeus poderiam perder a maioria e serem acusados de Apartheid, com uma minoria controlando a minoria. O contrário do que estava determinado no Acordo do Século, Benjamin Netanyahu dividiu a anexação em etapas, pois segundo ele, de forma gradual, isso diminuiria a pressão interna dentro do Reino da Jordânia e daria tempo para empurrar os palestinos à mesa de negociações. Se os árabes não se apressarem, não sobrará território o suficiente para a criação de nenhum estado palestinos.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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