Aqui no Oriente Médio o novo coronavírus se tornou um vilão, pela segunda vez. O guia supremo do Irã,  o aiatolá Ali Khamenei, chamou nesse domingo de “verdadeira tragédia” a epidemia de covid-19. O líder religioso pediu  aos iranianos que respeitem as normas de saúde para conter o avanço da doença. A República Islâmica, que anunciou os primeiros casos de coronavírus em fevereiro, é o país mais afetado pela pandemia no Oriente Médio, tanto na primeira onda, como agora nesta segunda. O aiatolá Ali Khamenei suplicou que salvem o país que cada um contribua com o seu grão da melhor forma, para romper a cadeia de transmissão a curto prazo e evitar a disseminação galopante no país persa. Este foi o primeiro discurso do guia supremo aos deputados do novo Parlamento, que iniciou a legislatura no fim de maio, dominado pelos conservadores e ultraconservadores após as legislativas de fevereiro. De acordo com o site oficial, Khamenei elogiou os profissionais da saúde por seus “sacrifícios” e criticou “algumas pessoas que não cumprem algo tão simples como usar a máscara” para impedir a propagação do vírus e cujo comportamento provoca “vergonha”. A segunda onda de novo coronavírus no Irã começou no último mês de maio, nas últimas 24 horas o país registrou 194 mortes e 2.186 contágios, com isso o país acumula 260 mil casos, dos quais quase 13 mil foram fatais. Na primeira onda, o Irã fechou tudo e agora, o presidente Hassan Rohani disse que o país não pode permitir a paralisação da economia, mesmo com o agravamento da pandemia. Isso significa que Israel deverá seguir o mesmo raciocínio iraniano, já que não teria condições para suportar uma nova paralisação como havia feito na primeira onda. Tudo indica que o presidente brasileiro acertou em não querer fechar tudo no Brasil, para não danificar ainda mais a frágil economia brasileira.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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