Ontem (04), por volta das 18h, horário de Beirute (12h no Brasil), no centro da capital do Líbano, precisamente num armazém do porto, foi vista uma fumaça saindo do referido edifício e um barulho ensurdecedor, logo em seguida. Está já é considerada a maior explosão já vista ou ouvida no Oriente Médio. A explosão foi tão forte que o deslocamento de ar foi sentido tanto em Israel, que fica a 120km da fronteira até Beirute; como também na Ilha do Chipre que fica a 200km de distância. As hipóteses elucidadas até o momento foram, pela ordem: um ataque israelense, ao referido depósito de mísseis Hezbollah, que inclusive, de imediato gerou pânico da população na capital que procurou fugir de uma suposta nova guerra, já que o Líbano e Israel, na última semana trocaram tiros na fronteira entre os dois países, o que logo foi desmentido, embora tenha causado um transtorno no trânsito, em toda grande Beirute, uma vez que as pessoas tentavam sair da cidade, fugindo de um possível ataque em massa. A segunda hipótese é de muito material químico, especialmente o nitrato de amônio, armazenado no porto. O Primeiro Ministro, Hassan B. Diab, ficou revoltado por saber disso, tendo afirmado que os responsáveis pagaram o preço dessa possível irresponsabilidade. A terceira hipótese e a mais lógica, é de que o arsenal bélico do Hezbollah foi pelos ares. O certo é que mais de quatro mil pessoas ficaram feridos, muitas em estado grave e o número de mortos passou de cem, além de diversas pessoas estarem desaparecidas, inclusive, várias delas foram jogadas no mar pelo deslocamento de ar violento da explosão. Vários países já ofereceram ajuda humanitária, como Inglaterra, França, EUA, Austrália, Canadá e acreditem, Israel. O presidente libanês, Michel Naim Aoun, irá declarar estado de emergência por duas semanas e disse que não há evidências de atentado terrorista. Já o primeiro ministro libanês, declarou luto de três dias. E por enquanto continua a grande interrogação, o que causou essa explosão que pareceu tanto com o cogumelo de Hiroshima e Nagasaki.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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