O Líbano acordou com as dores naturais de quem passou por um trauma terrível, por quem passou por essa explosão da terça-feira (04). Beirute está devastada nas adjacências do porto da cidade. Os 5 mil e duzentos feridos, 135 mortos e 75 pessoas que estão desaparecidas, refletem a pujança da detonação do nitrado de amônio que estava armazenado, há muito tempo, por sinal, no cais do porto de Beirute, de forma irresponsável e clandestina, podendo-de dizer assim que está foi a causa da explosão. E a pergunta agora é se foi acidental ou proposital, porque em se tratando tudo se tratando do Líbano, tudo é possível. Pois foi assim como ex-ministro Rakifi Hariri, assassinado em 2005 com a explosão de um carro bomba na rua em que passava. O Líbano tem 4,5 milhões de habitantes atravessa um momento dificílimo, como se não bastasse a crise política, econômica e a proliferação descontrolada da covid-19 no país, veio essa grande explosão. Caso a ajuda humanitária não seja enviada de imediato, muita gente passará fome, porque grande parte dos mantimentos foram destruídos com a explosão e sabe-se que 80% das necessidades são importadas e armazenadas no porto, local este que não existe mais. Alguns países já se prontificaram a ajudar o Líbano e o Brasil que tem a maior população libanesa fora do Líbano, com cerca de 10 milhões de habitantes também já anunciou ao embaixador Joseph Sayah, que vai enviar ajuda humanitária tanto em alimentos, quanto em suprimentos cirúrgicos, que são de extrema urgência. Aqui em Israel o edifício da prefeitura de Tel Aviv ontem a noite foi iluminado com a as cores e formas da bandeira libanesa, inclusive por isso foi alvo dos partidos de direita, já que o Líbano desprezou e recusou a ajuda oferecida por Israel.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)