1- Um sério atentado no Afeganistão quase matou o seu vice-presidente, Amrullah Saleh, que escapou ileso de um ataque a bomba nessa quarta-feira (9) em Cabul. Cabul não é só a capitão do Afeganistão, como também a capital do terrorismo. Neste ataque, dez pessoas morreram e 31 ficaram feridas, nenhum grupo assumiu o atentado, atentado este que já virou rotina nesta região. O objetivo, desta vez, era matar o vice-presidente afegão, que no momento do ataque estava com seu filho no veículo em que viajava, quando a bomba explodiu ao seu lado. As imagens, após a explosão, mostraram danos significativos na área, na praça Taimani Sabiqa, juntamente com as fachadas destruídas e peças de veículos carbonizadas. Saleh, um ex-chefe de inteligência, sobreviveu a outros ataques, incluindo um em seu escritório há um ano, durante a campanha eleitoral que concorreu com o presidente afegão Ashraf Ghani, na qual 24 pessoas morreram.
2- Aqui em Israel, como no resto do mundo, o novo coronavírus arruinou a economia do país e nesse triste momento, imigraram para o Estado Judeu 400 famílias brasileiras. Logo, arranjar emprego sem saber falar nessa época é quase impossível. Mas, graças a Deus, consegui empregar cerca de 40 chefes de família. Muito orgulhoso por isso.
3- Israel que antes era um exemplo na luta contra o novo coronavírus no início da pandemia, agora enfrenta um forte aumento de casos que levou o reconfinamento parcial e fortes críticas ao governo. Hoje o país chegou a 1022, triplicando assim o números de mortes da primeira onda, até o início de maio. O que ainda ajuda Israel é o tratamento, porque 1320 infectados até o dia de hoje, 104 mil já foram curados. O maior jornal de circulação de Israel, Yediot Aharonot, fez uma matéria em que dizia que o país judeu passava por um vergonhoso fracasso e aproveitou para documentar tal afirmação, mostrando que Israel já é o 5º país do mundo em infecções por habitantes, a frente do Brasil e dos EUA. Na semana passada, por exemplo, 3 mil novos contaminados foram registrados em apenas 24 horas, um recorde para um país que só tem 9 milhões de habitantes, revelando assim um contraste gritando com os números do início da pandemia. O jornal lembrou ainda que no início de março, Israel tomou medidas sérias, voos para o exterior foram cancelados, quase que totalmente, os comércios não essenciais foram fechados e a população foi confinada por várias semanas. O país chegou a viver dois dias sem novos casos em meados de maio, números que permitiram ao governo acelerar o deconfinamento, com a reabertura do comércio, bares; restaurantes; cafés; locais de cultos religiosos, como as sinagogas; casas de recepção, para casamentos e bar mitzvah. Desde julho o número de novos casos multiplicou-se por cinco, chegando ao número atual de 132 mil. Para combater o vírus, as autoridades dividiram as cidades em quatro categorias: vermelha, laranja, amarela e verde, com base da taxa de infecção. Desde segunda, parte de Israel deu um passo atrás, com o fechamento de escolas e comércios não essenciais em quarenta cidades com o rótulo de “vermelhas”, isto é, alto índice de contágio. O exército apoiará a polícia, com sete mil reservistas, nestas cidades, mas o responsável pelo novo coronavírus, o Prof. Roni Gamzu, afirmou que o início do combate ao vírus é contra a irresponsabilidade dos ortodoxos judeus e dos árabes israelenses, em seguida, fechar tudo, porque com 3 mil casos diários, não há cidade verde, pois o vírus passa de uma cidade para outra, gerando uma necessidade de fechamento geral do país novamente. A lógica é daqui há duas semanas, com a chegada do ano novo judaico, Rosh HaShanah, o governo aproveitar para confinar o país mais uma vez.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
Muito bom ter informações de Israel é todo oriente médio em um momento que precisamos cada vez mais estarmos próximos de todos!