Posso afirmar que se as eleições aqui em Israel fossem hoje, Benjamin Netanyahu, o mito político israelense, não venceria o pleito. Pela primeira vez na história do país, o Primeiro Ministro foi de encontro à democracia, proibindo manifestantes de saírem de casa para protestar contra ele.

A popularidade do Primeiro Ministro caiu bruscamente, muito disso deve-se a forte crise econômica que o país atravessa, no fracasso ao combate do novo coronavírus e sobretudo pelas acusações de corrupção envolvendo o nome de Netanyahu. Pra piorar as coisas pro seu lado, Netanyahu declarou que a quarentena com restrições, imposta em todo país ao longo de três semanas, será estendida para um mês. Isso representará a falência de pequenos, médios e até grandes negócios que não estavam preparados com fundo de emergência.

Foi muito fácil para o país, após a primeira onda de covid-19, voltar a rotina. No entanto, essa volta a normalidade levou a um crescimento astronômico do número de contaminados. Agora difícil mesmo será reduzir este número de casos.

Netanyahu declarou que os restaurantes só voltaram a abrir após o número de contaminados baixar para, no mínimo,  cem por dia. Atualmente o número diário de contaminados é 2 mil por dia, mas já chegou a ser de 8 mil.

Se a quarentena permanecer, poderá ser o fim do ano letivo nas escolas e faculdades. Não sabemos quanto tempo as crianças e adultos conseguirão manter o ritmo dos estudos, sem o apoio de classes presenciais. O fato é que demorou muito tempo para o mundo mudar em termos de estudos, através da plataformas digitais, a pandemia ajudou a acelerar esses processo,  mas a verdade é que nem todas as pessoas conseguem se adaptar.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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