Embora um relatório contundente dos democratas do Comitê de Transporte da Câmara dos Deputados dos EUA tenha condenado os erros da Boeing e da Federação Americana de Aviação (FAA) que levaram aos acidentes com os 737 MAX, o avião passou por um escrutínio praticamente sem precedentes desde que ficou aterrado, faltando poucas etapas para que ele possa retornar ao serviço.

Os estágios finais da recertificação começam no início desta semana. A Boeing concluiu os voos de recertificação do avião com a FAA no final de junho e início de julho, um dos maiores obstáculos a serem superados pelo fabricante de aviões antes que o avião pudesse ser liberado para voar novamente. Durante os voos, os engenheiros da Boeing e da FAA testaram as várias alterações feitas no jato.

No dia 3 de agosto, a FAA emitiu um aviso de proposta de regulamentação descrevendo as mudanças que serão necessárias antes que o 737 MAX possa entrar novamente em serviço.

Entre as mudanças, os operadores do 737 MAX seriam obrigados a instalar um sistema de software renovado no computador de controle de voo do avião, após uma grande reformulação no computador, e fazer o upload de um novo software para o sistema de exibição do avião. Os operadores do 737 MAX seriam obrigados a usar um manual de voo revisado, instalar uma nova fiação para os estabilizadores horizontais do avião, concluir os testes do sistema de sensor de ângulo de ataque de cada avião e realizar voos de teste operacionais.

Outro aspecto muito importante é que os aviões estão parados há quase dois anos e terão de ser inspecionadas e limpas, para que estejam aptas e digas para voar.

Os aviões 737 MAX Boeing deverão iniciar seus voos no início de 2021.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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