1-  Com apenas um atraso de quinze dias, como já havíamos anunciado aqui no Expresso Oriente no último mês de maio que a vacina israelense contra o coronavírus seria realiza em meados de outubro, isso aconteceu nesse domingo (01). A primeira pessoa a recebe a vacina contra a covid-19 foi Segev Harel, 26, do Kibutz Sde Nehemia, no norte. Harel foi vacinado após o imunizante se provar eficaz em testes realizado em animais. Após o voluntário ter sido vacinado, Benny Gantz, o Ministro da Defesa e vice Primeiro-Ministro, visitou o voluntário no Hospital Sheba em Tel Hashomer, bem próximo a Tel Aviv, onde Segev ficará em observação.

Outro voluntário foi vacinado nessa segunda-feira (02) no Hospital Hadassah em Jerusalém, após três semanas de observação e avaliação dos resultados, caso seja bem sucedido, as provas serão estendidas por mais oitenta israelenses com idade entre 18 e 55 anos. A etapa seguinte será realizada em dezembro, com mais 960 voluntários, todos eles maiores de idade.

A vacina já tem nome comercial, se chama BriLife, cujo significado tem origem na palavra “Briot” em hebraico que significa “saúde” e life do inglês que significa “vida”.

A princípio a meta é produzir 15 milhões de vacina, sendo 9,5 para Israel e as demais para os países vizinhos, especialmente aos palestinos.

O interessante é que a prefeitura de Aparecida de Goiana, na região metropolitana da capital do estado de Goiás, já negocia a compra dessa vacina israelense contra a covid-19, no entanto, nada está fechado ainda.

O primeiro-ministro Netanyahu disse no início do experimento: “Vejo a luz no fim do túnel. Esta será a verdadeira saída da crise.”. O Estado de Israel baixou o número diário de infectados de 9.500 para 200, com isso, o governo decidiu encerrar o isolamento social em Israel, nessa segunda onda que foi terrível, já que na primeira trouxe cerca de 48 mil contaminados, dos quais 215 morreram e a segunda chegou a 330 mil contaminados e 2.541 mortos.

 

2-  O grave terremoto que aconteceu nessa sexta-feira (30) entre a Turquia e a Grécia, mais precisamente no Mar Egeu, já deixou ao menos 24 pessoas e outras 800 feridas. O abalo sísmico foi tão forte que quase chegou a 7 na Escala Richter e atingiu em cheio a cidade turca de Izmir. Seis edifícios caíram nessa cidade, pelo que o número de mortos deverá aumentar.

Após o primeiro abalo, seguiram 341 tremores secundários, sendo que 31 atingiram mais do que 4 graus na Escala Richter. Não preciso dizer que o pânico foi generalizado e constante.

O epicentro foi no Mar Egeu, a profundidade de 16,5km, a uma distância de 17km da costa turca. Várias ilhas gregas também sentiram os tremores, mas de maneira mais branca, entre elas a capital grega, Atenas e a maior cidade da Turquia, Istambul.

Esse terremoto provocou um minitsunami que atingiu a costa da ilha grega de Samos e há relatos de inundações pelo mar na cidade costeira turca de Seferihisar. Embora nenhuma onda destrutiva tenha sido relatada, o nível da água subiu subitamente um metro e inundou grande parte da cidade turística, de 44 mil habitantes, de acordo com informações da emissora de televisão NTV.

Autoridades turcas informaram que ao menos 17 prédios caíram na província de Izmir. O presidente da Turquia, Recep Erdogan, se manifestou no Twitter sobre o terremoto e prometeu ajuda a todos os cidadãos. Inclusive, Israel já ofereceu ajuda humanitária, bem como uma equipe especializada em socorro desse tipo. O governo turco ainda não respondeu se há necessidade. Quem também ligou para Erdogan foi o Primeiro Ministro grego, Kyriákos Mitsotákis, prestando condolências, pelas trágicas perdas de vidas no terremoto que atingiu os dois países.

Como se sabe, essa região é muito propensa a terremotos em 1999, um terremoto em Istambul deixou 500 mortos. Outro, em Izmit, matou 17 mil pessoas, sendo um considerado um dos mais terríveis tremores da Turquia.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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