Ontem (09) a noite em Israel às 22h daqui (16h no horário de Brasília), foi encerrado o dia das eleições israelenses. As sondagens de boca de urna começaram a sair nas televisões e eram diferentes. Uma emissora previa o empate de 36 deputados entre o Likud, partido do atual Primeiro Ministro, Benjamin Netanyahu e o partido Azul e Branco, do general Benny Gantz; as outras duas emissoras afirmavam que Benny Gantz teria vencido as eleições. Com o início da apuração foi possível observar a grande reação de Netanyahu que realmente começou perdendo no início das apurações, por diferença de três assentos do Knesset (Câmara dos Deputados israelenses) e o ambiente na sede dos dois partidos parecia confirmar a tendência, uma euforia absoluta na aliança Azul e Branco e uma disposição sombria no Likud,  mostrando uma tristeza e decepção pelos resultados. Mas logo em seguida foi possível observar o corpo de parlamentares da direita ortodoxa já estava se sobressaindo ao da esquerda, que certamente apoiaria Netanyahu. A raposa política, Benjamin Netanyahu, procurou de imediato levantar o astral de seus partidários alegando que já teria vencido as eleições e que começaria a negociar as posições do futuro governo com seus aliados, negociação está que já estava em estágio avançado. Por outro lado, Gantz começou a mostrar preocupação, principalmente no que tange ao índice muito baixo dos árabes-israelenses que chegaram as urnas, pois como se sabe, eles sempre apoiam a esquerda israelense. E não deu outra, hoje (10) pela manhã, os resultados já estavam mostrando que Gantz perdia por uma porcentagem mínima de 26.47% para Netanyahu e 26.11% para ele, embora em número de cadeiras fossem iguais, 35 para cada um, o grande problema é a diferença entre o grupo de esquerda e de direita que já chega a quase 10 cadeiras, só faltam agora a apurar as urnas que chegam do exterior e dos soldados que estavam de serviço e daí será possível afirmar que Netanyahu formará o próximo parlamento israelense, embora possa acontecer exatamente o que gerou essas eleições, ou seja, basta um partido pequeno entra em discórdia e se retirar da coalizão para que o governo caia novamente e haja a necessidade de uma nova eleição.

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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