Assim como Israel, o Líbano adotou o sistema parlamentarista de governo. Há vários meses os libaneses não estão conseguindo formar o parlamento com a maioria que dê estabilidade nas decisões e o resultado disso pode ser visto na a economia que está se deteriorando. Uma grande inflação e uma quantidade de desemprego jamais vistos, são algumas das consequências.
Um grupo de manifestantes tentou, nessa quarta-feira (17), invadir o ministério da Economia, em Beirute, capital do Líbano e depois se dirigiram ao palácio presidencial. O intuito dos manifestantes era exteriorizar e denunciar seu descontentamento com a hiper-inflação insuportável que o país vive.
Tudo começou com o aumento no preço dos combustíveis. A cada semana, os protestos vêm se intensificando cada vez mais no Líbano. O câmbio local, tem se desvalorizado e o empobrecimento é visível em larga escala.
Durante todo esse tempo, desde a renúncia do Primeiro Ministro, Hassan Diab, após a devastadora dupla explosão no porto de Beirute em 4 de agosto de 2020, ficou a cargo do parlamentar Saad Hariri formar uma nova coalizção, tarefa essa que recebeu do presidente libanês, Michel Aoun. Contudo, até hoje Hariri não conseguiu formar a coalização, como também entrou em sérios desentendimentos com o presidente. Ontem, Aoun comunicou a Hariri que se ele não conseguir uma maioria no parlamento e apontar seus ministros nos próximos dias, ele terá que dar chance para outra pessoa do parlamento fazê-lo.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)