Este final de semana foi muito agitado aqui no Oriente Médio. No Egito aconteceu um verdadeiro desfile dos faraós pelas ruas do Cairo. O governo egípcio decidiu fazer a transferência de todos sarcófagos contendo as múmias de reis e rainhas milenares do país para um único museu.
Aqui em Israel ocorreram a Páscoa judaica e a Páscoa cristã e foi muito movimentadas, principalmente na cidade de Jerusalém.
Contudo, foi a Jordânia que chamou mais atenção com a acusação contra o príncipe regente, Hamza bin Hussein, de complô com intuito de desestabilizar o país. O monarca encontra-se em prisão domiciliar.
Hamza e seus aliados, pessoas influentes da política jordaniana, foram detidos.
O vice-primeiro ministro da Jordânia, Ayman Safadi, disse que o príncipe Hamza, meio-irmão do atual rei, é investigado já faz um tempo.
No sábado, os militares disseram que emitiram um aviso ao príncipe por suas ações que tinham como alvo a segurança e estabilidade do país.
Estas notícias chegaram a Israel ainda na sexta-feira (02) a noite, mas por ética a imprensa israelense calou-se diante de tal fato porque a estabilidade na Jordânia é muito importante para Israel.
“As investigações iniciais mostram que essas atividades e movimentos chegaram a um ponto que afetavam diretamente a segurança e estabilidade do país, mas sua majestade (o rei Abdullah) decidiu que era melhor falar diretamente com o príncipe Hamza, para lidar com isso dentro da família e evitar que [o tema] fosse explorado”, disse Safadi.
A mãe de Hamza, a rainha Noor, defendeu seu filho. Ela afirmou que reza para que a verdade e a justiça prevaleçam e classificou as acusações de calúnias perversas.
O governo jordaniano disse ainda que há interesse de países da região, bem como da própria oposição jordaniana para que a intriga doméstica viesse a acontecer.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)