O secretário de defesa dos Estados Unidos da América, Lloyd Austin, desembarcou no domingo (11), abordo do Air Force 1 (aeronave presidencial dos EUA), para falar sobre a questão nuclear do Irã. Esta é a primeira visita do alto escalão estadunidense no novo governo, chefiado por Joe Biden.

Austin se reuniu com o ministro da Defesa, Benny Gantz e o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Aviv Kochav. O encontro teve como objetivo garantir que qualquer acordo feito com o Irã proteja os interesses vitais do mundo, dos EUA e principalmente de Israel que está localizado no barril de pólvora que é o Oriente Médio.

O secretário norte-americano também se encontrou com o Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para falar sobre as perigosas provocações com ataques reais a navios mercantis, principalmente israelenses, que inclusive já foram atingidos três vezes e que na última semana um navio iraniano fora atacado com grandes explosões. Por sinal, ontem ocorreu mais um ataque contra navio israelense. Mas, o assunto mais importante tratado sem dúvidas foi sobre o enriquecimento de urânio iraniano.

Inclusive, um acidente na instalação nuclear iraniana de Natanz nesse domingo (11) foi resultado de um ato “terrorista” segundo o chefe nuclear do país, Ali Akbar Salehi, que falou na TV estatal. Principal autoridade em assuntos nucleares no país, Akbar disse que o país persa foi vítima de terrorismo nuclear e por isso teria direito de agir contra os responsáveis.

O “acidente” ocorreu um dia depois que o complexo Chahid-Ahmadi-Rochan de Natanz colocou em operação novos conjuntos de centrífugas de urânio, apesar de serem proibidas pelo acordo em relação ao programa nuclear iraniano, firmado em 2015, e foi vítima de um ataque cibernético contra a instalação. Nenhuma morte ou contaminação foi confirmada no ocorrido.

Aqui em Israel, a imprensa diz que os danos na usina de Natanz foram maiores do que se foi relatado pelo Irã.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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