Terminou o prazo de 28 dias para que o Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pudesse realizar uma coalizão, dando uma maioria de no mínimo 61 cadeiras no Parlamento e assim puder iniciar mais um mandato do seu partido, o Likud.

Está é a quinta vez em menos de dois anos que o premiê israelense tenta formar maioria no parlamento israelense e não é bem sucedido. Agora, o presidente Reuven Rivlin entrará em contato com os treze partidos que têm representação no parlamento para discutir a continuidade do processo de formação de governo.

Rivlin deverá conceder a oportunidade a um dos parlamentares, rivais de Netanyahu, a missão de poder formar uma coalizão. O nome mais cotado, segundo a imprensa local, é Yair Lapid do partido Yesh Atid. Mas, quando o atual Primeiro Ministro percebeu que não teria chances de formar a coalizão, o Likud apresentou uma série de projetos de lei na tentativa de evitar que Lapid recebesse a ordem de formar o parlamento.

Um dos projetos apresentados traria a mudança para o sistema legal eleitoral de Israel, incluindo a permissão de eleições diretas para o cargo de Primeiro Ministro, o que permitiria a Netanyahu escapar das negociações parlamentares para formação do governo. Isto é, aquele que tivesse o maior número de votos seria o primeiro ministro.

Nos últimos dois anos Israel passou por quatro eleições inconclusivas que deixaram o país em um impasse político, em todas elas Netanyahu conseguiu uma quantidade maior de votos, mas nunca uma maioria no parlamento. Com isso, toda as decisões governamentais estão atrasadas e traz um grande prejuízo financeiro para o país, uma vez que cada eleição custa certa de 2 bilhões e 500 milhões de shekels (moeda israelense), algo em torno de 3 bilhões de reais.

 

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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