Conforme havíamos falado aqui e após muita pressão contra Israel, o cessar-fogo entre o Hamas e o Estado judeu aconteceu nessa sexta-feira (21), às 2h horário local (20h da quinta-feira horário de Brasília).

Está foi a maior escalada de violência desde 2014. Foram duzentos e trinta e dois mortos pelo lado palestino e treze do lado israelense (sendo doze civis e um militar).

O acordo de cessar-fogo foi obtido por intermédio dos egípcios que são muito importantes no mundo árabe. Eles conseguiram, sem impor condições, o que o mundo todo queria: ambos os lados pararam de atirar e ponto final.

Não podemos esquecer os diálogos entre Joe Biden, presidente norte-americano e Benjamin Netanyahu, Primeiro ministro israelense. Biden ao receber a pressão europeia e do Mundo Árabe solicitou do líder israelense o cessar-fogo imediato, deixando de lado as condições para que isso acontecesse. Netanyahu lhe ofereceu explicações sobre a situação, no sentido de que o momento era inadequado e para que se completasse a missão israelense na Faixa de Gaza, o Premier disse que iria precisar de mais um tempo para realizar alguns ataques que trouxessem mais segurança ao povo de Israel nas cidades próximas da fronteira com a Faixa de Gaza, evitando assim, futuras ameaças do Hamas contra Israel. Biden compreendeu e a força aérea israelense conseguiu antes do previsto realizar o que Netanyahu havia dito, em seguida deu sinal verde ao presidente norte-americano para o cessar-fogo que está sendo cumprido.

O interessante é que as partes envolvidas já aprenderam a se comportar um com outro antes da hora marcada para iniciar o cessar-fogo. Cerca de seis horas antes foram jogados mais mísseis que o ritmo normal do conflito.

Outro aspecto que deve ser enaltecido é que devido a este conflito, Benjamin Netanyahu voltou ao pódio da política israelense. A oposição que estava quase conseguindo um número de coalizões partidárias para se obter sessenta e um parlamentares que é o mínimo de cadeiras no parlamento israelense, perdeu o respaldo da direita dissidente para Netanyahu. Agora ao que tudo indica retornarão a apoiar o atual primeiro ministro.

Para concluir, agora na Faixa de Gaza, totalmente destruída, comemorasse uma grande vitória do Hamas, vitória esta que só eles pregam. Pelo lado israelense uma decepção dos moradores das cidades próximas a fronteira, já que eles sabem que o o Hamas não for aniquilado totalmente, voltarão a atacar a todos.

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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