As lições que Israel deu, como exemplo para o mundo no combate ao novo coronavírus são realmente formidáveis. Tudo começou com o planejamento, empenho do governo e adesão popular. O país avançou rapidamente para imunização de toda sua população adulta.
O primeiro passo foi dado no dia 11 de novembro de 2020, precisamente às 19h (horário local), quando o Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ligou para Albert Bourla, presidente mundial da farmacêutica americana Pfizer e iniciaram a compra das vacinas para o país judeu. As negociações foram muito rápidas, prova disso é que em dezembro de 2020 eu já estava vacinado.
No meio de janeiro deste ano, 39% da população já estava vacinada e 90% das pessoas acimas de sessenta anos já haviam recebido a segunda dose da vacina. Desta maneira os números de contaminados que já haviam alcançado a marca de 11 mil infectados por dia foram baixando rapidamente. O índice de contágio dos últimos três meses é de 5 a 50 pessoas infectadas.
O governo decidiu abrir tudo, embora guardando algumas restrições que desde o último domingo foram diminuídas também. Agora a única exigência do governo é o uso de máscara em locais fechados. Tudo está funcionando normalmente, espera-se que a economia se reestabeleça e que o desemprego volte a desaparecer. Antes do novo coronavírus, Israel tinha apenas 32 mil desempregados e no auge da pandemia por aqui esses números chegaram a 1 milhão e cem mil. Atualmente, cerca de 300 mil.
O único aspecto que ainda não foi normalizado aqui em Israel foi o turismo internacional. O país judeu só aceita entrada de turistas estrangeiros com comprovante da vacinação. Outro aspecto que o governo exige é que o cidadão israelense que vá ao exterior só possa ir para os países considerados “verdes” e para minha tristeza, o Brasil não está nessa lista.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)