Depois de ter conseguido quase zerar o número de contaminados diários pelo novo coronavírus em Israel, o governo do Estado judeu se sente surpreendido pela nova variante delta. De origem indiana, a variante vem se proliferando muito rapidamente, gerando apreensão de uma possível quarta onda venha assolar Israel.

O número de casos diários já ultrapassa a marca dos 2 mil novos contaminados e o governo decidiu aplicar a terceira dose da vacina Pfeizer, obedecendo o mesmo critério anterior, a começar a vacinação pelos mais idosos. Todos os cidadãos residentes no país, a partir de 60 anos de idade, começaram a ser vacinados desde a última sexta-feira (30).

Israel torna-se o primeiro país do mundo a administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19. O primeiro ministro, Naftali Bennett, e o presidente do Estado, Isaac Herzog, lançaram uma campanha anti-covid, pelo que ambos já receberam suas vacinas. Os líderes políticos se vacinaram ao lado de suas respectivas esposas. Contudo, apenas 200 pessoas encontram-se hospitalizadas, trazendo um certo alívio aos médicos israelenses.

O grande empenho do governo agora é mentalizar aqueles que ainda não foram vacinados, por causa do sucesso anterior adquirido aqui em Israel, para que estes, por fim, recebam a primeira dose e consequentemente venha a receber a segunda, para que evitem assim uma grande possibilidade de contaminação pela variante delta.

Com esse novo quadro em relação ao novo coronavírius em Israel, novas medidas rígidas foram tomadas, como por exemplo, a volta do uso de máscaras; a redução do número de pessoas em determinados eventos; o rigor da saída de israelenses e muito mais rigor ainda com a entrada de turistas à Israel. O brasileiro que queira vir a Israel terá que provar sua vacinação por meio de um comprovante e ficar de quarentena, pelo menos catorze dias, em determinado hotel, aqui no Estado judeu.

Outro aspecto relevante que o governo pede a compreensão e responsabilidade é que a comunidade árabe em Israel tem registrado as maiores taxas de mortalidade, devido a complicações associadas a infecções pelo novo conronavírus, porque estes não estão fazendo uso de máscaras e principalmente em eventos como casamentos, festas de família e ocasiões especiais que aglomeram mais de quinhentas pessoas em locais fechados e pequenos. Outro fator que contribui para uma piora do estado de saúde dos árabes é que a maioria deles são fumantes, proporcionando assim o agravamento do estado de saúde.

 

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel

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