Israel já havia voltado a normalidade em relação a pandemia do novo coronavírus. Por aqui, ninguém fazia uso de máscaras, estava tudo aberto e funcionando normalmente como era antes da chegada do vírus. No entanto, quando uma família de israelenses que havia viajado ao exterior voltou com as crianças contaminadas com a variante delta, tudo mudou por aqui.

A variante delta começou a se proliferar de forma rápida e violenta pelo Estado judeu, pondo por água abaixo todo o trabalho do governo que já tinha conseguido zerar o número de infectados aqui no país. Israel tinha conseguido fornecer as duas doses da vacina para os cidadãos, contudo, com o advento da variante delta, elas não foram suficientes a nova variante.

Agora está caracterizada a quarta onda da covid-19. O número de infectados diários chega a 8 mil, contudo, aqueles que tomaram as duas doses não estão sendo hospitalizados, pois seus sintomas são leves, daí o motivo de apenas seiscentas pessoas terem sido internadas.

Com a chegada da passagem do ano novo judaico, que será no início de setembro, Israel passou a exigir que qualquer pessoa com mais de 3 anos de idade mostre uma comprovação de vacinação ou teste negativo de Covid-19 antes de entrar em boa parte dos espaços fechados, já que o país está vivendo um forte aumento nas infecções e internações.

Restaurantes, cafés, museus, bibliotecas, ginásios e piscinas estão entre os locais que exigem este “Green Pass” (“Passe verde”). Já lojas e shoppings não entram neste sistema.

O governo israelense diz que o país está “em guerra” com o vírus, apesar de ser um líder mundial em vacinação.

Se as coisas não melhorarem, o lockdown, como na primeira e segunda onda, onde as pessoas não podiam se afastar menos de cem metros de suas casas, não será descartado.

Desde o início da quarta onda, mais de 120 pessoas morreram, trazendo um total, desde o início da pandemia até agora, de 6.726 pessoas. O alento e esperança é de que um milhão e duzentas mil pessoas já foram vacinadas com a terceira dose, inclusive eu.

Em relação ao turismo internacional, só pode entrar no país quem apresentar um comprovante de vacinação e também realizar um teste no aeroporto. Israel também exige um confinamento de catorze dias, ou seja, inibe totalmente o turista que vem a Israel.

 

 

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel

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