Um comitê consultivo independente da agência reguladora norte-americana (FDA, sigla em inglês), chegou a conclusão que nos Estados Unidos ninguém deve tomar a terceira dose da vacina do coronavírus, ao menos não as pessoas abaixo de sessenta e cinco anos de idade.
A afirmação gerou um grande problema aqui em Israel, já que um grande percentual de pessoas já recebeu a terceira dose. Aqueles que ainda não foram vacinados em sua terceira dose não querem mais ser vacinados, gerando assim uma tremenda dor de cabeça ao governo israelense.
Por meio da imprensa, o governo israelense vem tentando convencer a população que ainda não foi vacinada em sua terceira dose, que o faça o quanto antes. O incentivo governamental afirma que Israel está vencendo a quarta onda da covid-19 e enfatizando a população de que não há praticamente pacientes hospitalizados em estado grave, porque as vacinas foram eficazes, inclusive combatendo a variante delta que assolou o país em sua quarta onda.
A decisão foi contra os esforços do presidente norte-americano, Joe Biden, em reforçar a proteção das pessoas contra o novo coronavírus e sua nova versão mais contagiosa, a variante delta. A discussão do FDA durou várias horas e os especialistas argumentaram que a empresa Pfizer apresentou poucos dados sobre a segurança da aplicação das doses extras, baseando-se unicamente em Israel. Além disso, eles reclamaram que os dados fornecidos por pesquisadores israelenses sobre sua campanha de reforço podem não ser adequados para prever a experiência dos EUA. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda usar as doses extras na vacinação de pessoas que ainda não foram imunizadas. A Pfizer defende a dose de reforço e ressalta a evidência de Israel.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel