A região do Oriente Médio é lembrada sempre como um caldeirão efervescente na geopolítica. Agora, também começou a ferver na acepção da palavra, há cerca de três décadas e isso pode ser melhor observado no Kuwait, onde o calor pode tornar o local inabitável. No último mês de julho, a temperatura atingiu 53ºC, na cidade de Mina Abdullah, 100km ao sul da cidade do Kwait. Até o ano de 2016 a temperatura nunca tinha alcançado 50ºC, de lá pra cá, já chegou aos 53ºC, inclusive, este calor insuportável vem acontecendo todos os anos, sem intervalo, ao contrário do passado, quando isso era algo eventual.

Aqui em Israel não cai uma gota d’água desde o mês de março e isso gerou incêndios florestais, como o que ocorreu no mês de agosto na região próxima a Jerusalém.

A temperatura no Mar Mediterrâneo também vem aumentando, em 1990 a máxima era de 29ºC no verão setentrional, atualmente chega a 31ºC. Contudo, as temperaturas elevadas não estão ocorrendo só por aqui, na Califórnia (EUA), México, Índia, Austrália, no sul da China, na África subtropical, também estão preocupando seriamente. Os cientistas que vem observando a maioria dos estudos climáticos feitos no passado, não detectaram esses incidentes extremos da média de calor que sugerem o limite da sobrevivência humana nessas áreas, principalmente nos países mais pobres que não tem sequer eletricidade para que as pessoas possam usar ar-condicionado. O pior é que a onda de calor vem se tornando frequente e mais duradoura, matando até mesmo a agricultura e animais mais frágeis.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o aquecimento global poderá transformar a Amazônica em uma savana e os principais impactos serão o colapso de ecossistemas, extinção de espécies, aumento do nível e aquecimento de oceanos, seca, fome, pandemias e calor extremo, causando mais incêndios florestais.

 

 

 

 

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel

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