Foi divulgado nessa quarta-feira (01), através de um levantamento elaborado pela Unidade de Pesquisa da revista britânica The Economist, que a cidade isrealenese de Tel Aviv é a mais cara para se viver no mundo.
No ano passado, Tel Aviv estava em quinto lugar. Ao encabeçar a lista, empurrou Paris para a segunda posição, junto com Cingapura.
A ascensão de Tel Aviv ao topo do ranking ‘Custo de Vida Mundial’ da EIU refletiu principalmente a valorização crescente da moeda de Israel, o shekel, em relação ao dólar.
Os preços locais de cerca de 10% das mercadorias também aumentaram significativamente, sobretudo alimentos, álcool e transporte. O preço dos imóveis, não incluindo não incluindo o cálculo do índice, também aumentaram, especialmente em áreas residenciais.
A pesquisa comparou mais de duzentos produtos e serviços em mais de 173 ao redor do mundo, ela é usada principalmente por empresas para negociar a compensação apropriada ao realocar pessoal, mas também pode revelar tendências de preços em níveis local e global. Problemas da cadeia de suprimentos, bem como mudanças nas taxas de câmbio e mudanças na demanda do consumidor levaram a um aumento de preços de commodities e outros bens.
Outro item importante que aumentou muito o preço foi a gasolina, com a subida de 21% em média. A taxa de inflação nas cidades acelerou além da taxa pré-pandêmica, aumentando em 3% ao ano em termos de moeda local em 2021, comparando com o ano passado que teve um aumento de apenas 1,9% e 2,8% em 2019.
Roma, na Itália, foi a cidade que mais caiu, passando da 32ª para a 48ª posição, “com um declínio particularmente acentuado em sua cesta de compras e categorias de roupas”.
Teerã, a capital iraniana, foi a cidade que mais subiu posições no ranking, saltando da 79ª para a 29ª, uma vez que a reimposição das sanções econômicas dos EUA contra o Irã vêm causando escassez de produtos e aumento dos preços.
A maioria das cidades dos Estados Unidos caíram na classificação em comparação a 2020, principalmente depois que o governo injetou mais dinheiro na economia para compensar as restrições importas pela pandemia do novo coronavírus. Sendo assim, o valor do dólar americano manteve-se baixo em comparação as moedas europeias e asiáticas.
Por outro lado, Damasco, na Síria, Trípoli, na Líbia e Buenos Aires, na Argentina, estão entre as dez menos caras para se viver, provavelmente em razão da crise econômica que se abateu nesses países.
Em um momento de desvalorização do real frente ao dólar, as três cidades brasileiras avaliadas no ranking – São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus – ficaram em posições de menor destaque.
A questão econômica tem muito a ver com o posicionamento no ranking da revista The Economist. Para quem quer viajar para as cidades mais caras do mundo coloquem mais dinheiro no bolso para quem viajar para Tel Aviv, Paris, Cingapura e Zurique e Hong Kong, Nova Yotk, Genebra, Compenhagem, Los Angeles e Ozaka, respectivamente.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel