A sonda Parker Solar Probe, enviada pela Nasa, em 2018, sobrevoou a camada externa da atmosfera solar, conhecida como corona, anunciou a Nasa nessa terça-feira (14).
Atualmente, ela se encontra a 18 milhões km da superfície solar, o objetivo maior é atingir nas próximas órbitas a distância mínima que ela pode suportar de 6 milhões de km.
Para se ter uma ideia de quão próximo ela se encontrar do sol, a distância da terra para o sol é de quase 150 milhões de km. Por voar tão próximo ao sol, a sonda detectou condições na coroa que antes não podíamos saber.
Nour Raouafi, da Universidade Johns Hopkins e cientista de projeto da sonda Parker afirmou que foi possível ver a sonda circular através de estruturas coronais que só podiam ser observadas através de um eclipse solar total.
A Nasa afirmou também que pela primeira vez uma sonda espacial entrou em uma região onde os campos magnéticos são suficientemente fortes para dominar o movimento das partículas energéticas.
Essa primeira passagem pela órbita solar durou poucas horas. Porém, é apenas uma de muitas previstas durante a missão, inclusive, a distância em que a sonda se encontra do sol é mais quente do que a própria superfície solar, gerando assim partículas energéticas, sobretudo elétrons e prótons que podem afetar comunicações e satélites. Sem dúvidas, é um grande feito na história da astronomia.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel