Tudo indica que neste natal os astrônomos ganharam um grande presente da Nasa, o lançamento do telescópio James Webb. Seu lançamento estava previsto para dia 22 de dezembro, mas foi contatada uma falha no adaptador que prenderia o telescópio ao foguete.
O telescópio James Webb é tido como o sucessor do Hubble, mas este não será aposentado. O novo telescópio vai complementar o Hubble que opera desde 1990. O Webb custou 10 bilhões de dólares.
O novo telescópio orbitará o sol, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
O James Webb permitirá aos astrônomos enxergar coisas no universo que não eram possível antes. O telescópio irá permitir enxergar bem mais longe, porque seu espelho primário tem 6,5m de diâmetro, quase três vezes maior do que o do Hubble.
Outra diferença básica entre os dois telescópios é que o Hubble orbita a uma altitude de 570km acima da Terra, onde o frio e a atração gravitacional influem na imagem.
Caso o telescópio James Webb seja lançado no dia 24 de dezembro, dentro de cinco anos ele irá chegar ao seu destino e poderá enviar imagens a Terra.
O único grande problema do novo telescópio foi seu preço. Se algo acontecer a ele, ao contrário do Hubble, a Nasa não poderá enviar um robô para consertá-lo. Devido a sua distância, enviar um robô para conserto seria equivalente a enviar um novo telescópio ao espaço.
Os olhos humanos nunca estiveram tão abertos para o universo como agora. A missão básica desse telescópio é investigar o passado e o futuro do cosmos, nesse aspecto inclusive, o Hubble nos ajudou a redefinir a idade do mundo, onde descobriu buracos negros e revelou as primeiras imagens do espaço profundo.
A comunidade científica espera muito mais do James Webb, uma vez que será possível estudar 100 objetos cósmicos ao mesmo tempo e enxergar as mais fracas das luzes. Desta maneira será possível ampliar infinitamente o cenário que se tem hoje do Universo.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel