Várias celebridades do mundo inteiro já pediram ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, para que encerre a guerra na Ucrânia. Entretanto, nenhum pedido surtiu tanto efeito como o do jogador de futebol brasileiro, Pelé, até mais do que o próprio Papa.
O ex-jogador de futebol, Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, escreveu na última quarta-feira (01), uma carta aberta ao presidente da Rússia, Putin. No conteúdo da carta, o ex-atleta pediu o fim da guerra na Ucrânia.
O apelo foi divulgado na rede social Instagram, no momento em que a seleção de futebol masculina da Ucrânia entrava em campo contra a Escócia, partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar.
O jogo era para ter sido realizado em março, mas foi adiada por conta da invasão russa no território ucraniano. Na carta Pelé disse:
“Vladimir Putin,
Hoje a Ucrânia tenta esquecer ao menos por 90 minutos, a tragédia que ainda acontece em seu país. Competir por uma vaga na Copa do Mundo já é uma tarefa difícil. E se torna quase impossível com tantas vidas em jogo.
Eu quero utilizar a partida de hoje como oportunidade de fazer um pedido: pare com essa invasão. Não existem argumentos que justifiquem a violência.
Este conflito, assim como todos outros, é perverso, injustificável e não traz nada além de dor, medo, terror e angústia. Não há razão para que ele perdure ainda mais tempo.
Quando nos conhecemos no passado e tocamos um grande sorriso acompanhado de um longo aperto de mão, era inimaginável que poderíamos um dia estar tão divididos quanto estamos hoje.
A guerra só existe para separar nações, e não há ideologia que justifique os mísseis que agora enterram sonhos de crianças, separam família e matam inocentes.
Eu já vivi oito décadas, nas quais testemunhei guerras e vi líderes bradando ódio em nome da segurança do próprio povo. Não podemos regredir a esses tempos.
Devemos evoluir.
Anos atrás, eu prometi para mim mesmo que, enquanto eu conseguir, sempre levantarei minha voz a favor da paz. O poder de dar um fim a esse conflito está nas suas mãos. As mesmas que apertei em Moscou, no nosso último encontro em 2017.”
Pelé.
Diga-se de passagem, Pelé é muito querido na Rússia, como em todo o mundo.
Aqui em Israel, o seu pedido não poderia passar em branco e foi muito divulgado na imprensa israelense, principalmente, porque aqui em Israel existem muitos imigrantes de russos e ucranianos.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel
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