Como se sabe, Napoleão Bonaparte morreu em 5 de maio de 1821, na Ilha de Santa Helena. De acordo com os historiadores, o corpo do estadista francês passou por uma biopsia que determinou que ele morreu de câncer no estômago.
Outra coisa revelada na ocasião, foram os órgãos reprodutivos de Bonaparte, que eram pequenos e aparentemente atrofiados. Acredita-se que ele fosse impotente, muito tempo antes de morrer.
É relatado que o médico François Carlo Antommarchi teria amputado o pequeno pênis de 3,8cm do Bonaparte na preparação para o sepultamento do corpo, por vingança. Foi assim que o médico pediu a um padre que mantivesse a peça em segurança. Contudo, o clérigo preferiu contrabandear o órgão na Ilha de Córsega.
Quase um século depois, em 1924, Abraham Simon Wolf Rosenbach, um negociante americano de antiguidades, comprou a relíquia imperial. E em 1927, o suposto pênis foi exibido no Museu de Arte Francesa de Nova York para todo o público.
Mas, nada disso é confirmado pelo governo francês.
Pesquisador da Universidade Estadual Paulista e professor no Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré, o historiador Victor Missiato tem opinião semelhante. “É difícil comprovar que, de fato, esse pênis pertença a Napoleão Bonaparte, porque não há nenhum estudo relacionando o material genético desse pênis com o dos restos mortais de Napoleão, sepultado na França”, argumenta ele. “Hoje em dia, com as tecnologias disponíveis, seria possível, valeria a pena.”
O que não resta dúvida é que alguém perdeu seu órgão reprodutor no mesmo dia da morte de Napoleão Bonaparte.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel