O homem voltará a lua, após quase cinquenta anos. Nessa segunda-feira (29), às 9h33 (horário de Brasília), um foguete de 98 metros de comprimento foi decolado do Centro Espacial Kennedy, no estado americano da Flórida.
O Artemis I tem como objetivo explorar a face oculta da lua, a missão deve durar entre 4 a 5 semanas. Na primeira fase da missão a nave não será tripulada por astronautas. Por se tratar de um protótipo, há necessidade da NASA se sentir segura em enviar humanos na espaçonave.
O grande teste ocorre no final da missão, quando a cápsula de 3 metros de altura, Orion atinge a atmosfera a uma velocidade estúpida de quase 40 mil km/h a caminho de um mergulho no Pacífico. E experimentará temperaturas com metade do calor do sol.
A cápsula será lançada no foguete mais poderoso do mundo e voará mais longe do que qualquer espaçonave construída por humanos até hoje. Segundo a NASA, a Orion viajará cerca de 450 mil quilômetros da Terra e não será fixado em uma estação espacial.
“Está é uma missão que realmente fará o que não foi feito e aprenderá o que não se sabe”, disse o chefe da NASA Bill Nelson.
Desta vez, a cápsula não pousará na lua, mas se distanciará cerca de 75mil km sobre a superfície lunar, no sentido oposto do planeta Terra. O objetivo do afastamento é para treinar e verificar a capacidade dos foguetes para que um dia eles chegarem a Marte.
A cápsula Orion terá capacidade para quatro astronautas, ao contrário do Apollo que só tinha capacidade para três. Ela sobrevoará a lua a uma distância mínima de 110km da superfície lunar. Em seu retorno, manobras de correção de curso serão feitas para ajustar a trajetória rumo a atmosfera terrestre.
A cápsula do Orion descerá no Oceano Pacífico ao lado da costa Norte-americana, auxiliada por paraquedas.
Se tudo correr bem, a NASA já fala em 2026, com um projeto mais otimista, o Starship. Este terá um módulo tripulado para lua e um custo de 2.9 bilhões de dólares.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel