1- Através das operações militares que Israel vem fazendo na Faixa de Gaza, ficou provado que vários integrantes do Hamas que atuaram no terror do dia 7 de outubro do ano passado contra os israelenses, eram funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), atuando na agência de direitos humanos da organização. Diante dos fatos, vários países já suspenderam o financiamento à instituição, como por exemplo os EUA, Itália, Holanda, Inglaterra, Finlândia, Suíça, Canadá e Alemanha.
O presidente da ONU, António Guterres, admitiu que nove das dozes pessoas citadas eram funcionários da ONU e teriam participado dos atos abomináveis cometidos pelo Hamas. Guterres pede que os países que oferecem ajuda humanitária para Faixa de Gaza, continuem doando suas contribuições financeiras, para salvar um povo que vem sendo massacrado pelos atos terroristas do Hamas.
O presidente da ONU disse também que ficou horrorizado com as acusações e agora também investiga a outra organização, a Cruz Vermelha, denunciada por Israel. O país judeu alega que a instituição não deu os remédios aos reféns aprisionados dentro dos túneis pelos terroristas do Hamas, na Faixa de Gaza, deixando-os com poucas chances de sobrevivência, uma vez que muitos dependiam das medicações. Como foi revelado pelos reféns que foram liberados, nem ao menos cobertores em meio a um frio terrível do inverno no hemisfério norte, lhes foi dado.
2- No último sábado (27), uma base militar americana instalada entre a Jordânia e a Síria foi atacada por fogo vindo do Iraque e os EUA acusaram o Irã pelo ataque. O Irã se manifestou negando qualquer acusação dos EUA, em que Teerã estaria envolvida em um ataque que matou três militares americanos. Afirmaram ainda que não tiveram a menor ligação, nem nada a ver com o ocorrido.
A notícia ameniza a situação no Oriente Médio que a cada dia fica mais quente. Os EUA disseram que, embora estejam averiguando os fatos do ataque a base militar, sabe que quem os realizou foram grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque. Inclusive, estas também foram as palavras do presidente estadunidense, Joel Biden.
Este foi o primeiro ataque mortal contra forças militares norte-americanas desde a guerra Israel x Hamas, que eclodiu no outubro passado e se espalhou para o norte de Israel com o sul do Líbano, com o Hezzbolah e os hutis do Iêmen lançando mísseis aos navios que cheguem aos portos de Israel e que todos estes grupos seriam financiados pelo Irã.
3- O discurso do Primeiro Benjamin Netanyahu, Primeiro Ministro de Israel, levou aos judeus ortodoxos a se manifestarem a favor de judeus voltarem a habitar a região da Faixa de Gaza, por um período indefinido. Esse discurso impensado de Netanyahu se justifica, uma vez que ele busca manter sua base aliada, dentre os quais fazem parte partidos de extrema-direita que têm judeus ortodoxos, mas que a posição deles não refletem a mentalidade e a vontade do povo israelense. Se houvesse uma eleição agora, Netanyahu não teria a menor chance de vencer novamente, pois ele está desacreditado, tanto quanto líder, como por sua idoneidade, mostrando unicamente sua obsessão pelo poder e interesse pessoal.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel