1- Se já não bastasse problemas para Boeing, A FAA, que é a administração federal de aviação dos EUA, identificou um novo potencial risco envolvendo a aeronave Boeing – 737MAX, que também enfrenta um período turbulento, após dois acidentes gerados por um problema do software de controle de voo da aeronave. O risco foi descoberto em uma sessão feita em um simulador, chegando assim a conclusão de que a Boeing precisa corrigir esse erro e o voo de teste de retificação marcado para o dia 8 de julho foi cancelado. Agora a agência entra em um período de revisão do projeto, com duração de 2 a 3 semanas, para definir um novo voo de certificação da aeronave. Questionada sobre um novo risco, a Boeing disse que está trabalhando em estreita colaboração com a FAA para que o 737-MAX consiga voar novamente com segurança. Entretanto, indagadas sobre o grave problema a FAA e a Boeing se recusaram a comentar sobre os motivos da revisão. Fontes informaram que um piloto de teste FAA descobriu o problema durante uma simulação onde o piloto colocava o avião em cenário de ativação internacional, conhecidos por “MCAS” (Manoeuvering Characteristics Augmentation System), sistema de características de manobras, para que juntamente com o computador de bordo, entrassem em ação para barrar um ângulo elevado de ataque em condição de pré-estol. Como se sabe, o sistema  MCAS foi ativado, segundo o que se esperava pela Boeing, mas a aeronave demorou muito tempo para recuperar sua estabilidade de voo. Ainda não ficou claro se a situação pode ser resolvida com uma atualização do software ou se esse problema tem relação com o avião ou ao hardware. Desta maneira, o retorno das aeronave deste modelo vem sendo cada vez mais complicados aos voos comerciais que deste março deste ano estão suspensos e proibidos até uma nova atualização do software, para solucionar os comandos erráticos do sistema MCAS.

2- O chamado “plano do século” foi oferecido pelos EUA com intuito de salvar o povo palestino do caos econômico. Mas os palestinos já decidiram boicotar a reunião, após constatarem que uma menção ao fim da ocupação israelense não constava na abordagem de questões políticas. Tudo isso aconteceu nessa terça-feira (25), e foi apresentado pelo conselheiro do presidente norte-americano, Donald Trump, e também seu genro, Jared Kushner. Kushner disse que os EUA não abandonaram os palestinos, “Aceitar um caminho econômico é um condição prévia para resolver as questões políticas sem solução até o momento”, afirmou o conselheiro norte-americano. “Mas devemos ser claros: o crescimento econômico e a prosperidade para o povo palestino não podem ser alcançados sem uma solução política justa e duradoura que garanta a segurança de Israel e respeite a dignidade do povo palestino”, complementou Kushner. Mas não é assim que os palestinos entendem a situação, consideram a abordagem econômica totalmente inoportuna sem uma solução das questões políticas antes do acontecimento. Para isso, os palestinos pedem o fim da ocupação israelense para formar um Estado independente. Embora as questões políticas não devam ser abordadas durante os dois dias de trabalho em Manama, Kushner reconheceu que deveriam ser tratadas posteriormente. O aspecto muito atrativo desta tentativa foi a divulgação de que o governo norte-americano tentará levantar uma quantia de 50 bilhões de projetos de infraestrutura, educação, turismo e comércio para os palestinos. Para incentivar essa tentativa, Bahrein e a Liga Árabe reiteraram os seus compromissos de entregar cem milhões por mês aos palestinos, mas não especificaram de que maneira. Tudo isso viria em boa hora, porque os EUA congelaram a ajuda de U$ 500 milhões, bem como inúmeras decisões em favor de Israel, logo seria um bom motivo para uma aproximação e uma solução pacífica para os dois países.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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