Eu começaria a analisar essas eleições israelenses dessa terça-feira (17), imitando a ex-Presidenta Dilma Rousseff, dizendo que, o até então, Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, perdeu as eleições, mas que o seu opositor, Benny Gantz não venceu. Como já havíamos dito aqui no blog, a peça chave para decidir os rumos do governo de Israel, é o político de extrema-direita, Avigdor Lieberman, que ao que tudo indica, conseguirá entre 8 e 9 cadeiras no Parlamento. Mas porque eu disse que Benjamin Netanyahu, simplesmente porque por hipótese alguma, Liberman, irá se coligar com o ex-amigo, Netanyahu, logo o então Primeiro Ministro não irá conseguir chegar a 61 assentos, mínimo para formar o Parlamento. Já o partido azul e branco de Benny Gantz não tem como chegar a esse número. Juntando todos os partidos da esquerda, incluindo cerca de 12 congressistas árabes, mais 5 da extrema esquerda, que incluem trouxe de volta para vida política o Barak. Saliente-se entretanto que Liberman faria a coalização com o Likud, partido de Netanyahu, sem a presença dele. A grande pergunta é se o partido de Netanyahu e depor o “rei de Israel”, como assim é conhecido o Primeiro Ministro. A outra grande pergunta é se o próprio Benjamin Netanyahu aceitaria tal iniciativa, que eu acredito ser a solução mais viável. Os três partidos se uniriam, a Likud, o Azul e Branco e o partido de Liberman, ou toda a esquerda reunida, mais Librman, o que seria atirar no próprio pé e encerrar a carreira política dele, já que ele sempre foi contra os árabes, logo perderia o respaldo de seus eleitores para futuras eleições. Por enquanto o quadro eleitoral não apresenta surpresas e depois 50% dos votos apurados, tudo indica que as previsões venham a se confirmar.

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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