O índice de confiança do comércio da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 2,9 pontos em junho, ao passar de 88,6 para 85,7 pontos, retornando ao nível de março.
A queda em junho ocorreu em 8 dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada tanto pela piora no índice de situação atual, que recuou 3,3 pontos, para 79,6 pontos, quanto pelo índice de expectativas, que caiu 2,4 pontos, para 92,4 pontos.
“A redução da confiança do comércio em junho foi bastante influenciada pelo aumento da incerteza a partir de 17 de maio. Mas houve, além disso, piora da percepção das empresas em relação ao nível atual da demanda, sugerindo uma leitura pouco favorável da atual conjuntura”, disse Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE.
Segundo ele, as expectativas dos revendedores de duráveis mantiveram em junho a fase ascendente, sustentada pela melhora das vendas após a liberação de recursos de contas inativas do FGTS e pelo otimismo com a tendência de queda dos juros.
O Índice de Confiança da Construção variou 0,2 ponto em junho, atingindo 74,2 pontos, considerando-se dados ajustados sazonalmente. Com o resultado, o índice retorna ao nível de setembro de 2016.
A alta em junho decorreu de melhora discreta tanto da avaliação presente das empresas quanto das perspectivas no curto prazo: ambos os índices avançaram 0,2 ponto. O destaque do índice de situação atual foi o indicador que mede a situação dos negócios correntes, que avançou 1,2 ponto, para 65,8 pontos, após recuar 2,2 pontos em maio.
A alta do índice de expectativas foi provocada pela subida do indicador que mede o otimismo com a situação a situação dos negócios nos próximos seis meses, que subiu 0,4 ponto, para 86,0 pontos, após cair 3,8 pontos no mês anterior.
Segundo a FGV, os indicadores da sondagem de construção revelam um quadro ainda de pessimismo entre as empresas do setor. A contribuição do ambiente de incerteza política para a continuidade desta visão pessimista sobre o rumo dos negócios pode ser ilustrada pela expressiva piora das expectativas no segmento de obras de infraestrutura nos últimos dois meses.
*Fonte: G1
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