Carlos Ghosn, em imagem de arquivo, ainda permanece na Renault — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters
Carlos Ghosn, em imagem de arquivo, ainda permanece na Renault — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters

O Conselho de Administração da montadora japonesa Mitsubishi Motors anunciou nessa segunda-feira (12) que destituiu o presidente Carlos Ghosn.

Na quinta-feira (22), o executivo brasileiro já tinha sido afastado do Conselho de Administração da Nissan após prisão na semana passada por sonegação fiscal.

Líder da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Ghosn segue à frente apenas da Renault, apesar de um comando interino ter sido criado.

Um breve comunicado da Mitsubishi afirmou que a diretoria do grupo considerou “difícil” manter no cargo o poderoso executivo, detido há uma semana em Tóquio.

Ghosn era o principal responsável da Mitsubishi Motors desde 2016, quando esta empresa passou a ser controlada pela Nissan para, mais adiante, se integrar a uma aliança tripla junto com a francesa Renault.

CEO assume presidência

O até agora CEO da Mitsubishi ocupará provisoriamente a presidência da empresa até que seja decidido quem assumirá a direção de forma definitiva em uma assembleia de acionistas prevista para antes do final deste mês, explicou Masuko.

Nesta segunda, o presidente-executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, disse aos funcionários da montadora que a parceria com a Renault ‘precisa ser revista’, segundo a agência japonesa Kyodo News. De acordo com ele, o relacionamento com a parceira francesa “não é igual”.

Um dos executivos mais poderosos da indústria automotiva, Ghosn é acusado de não declarar mais de 5 bilhões de ienes (o equivalente a R$ 167,4 milhões) de seu pagamento como presidente da Nissan. As fraudes fiscais ocorreram entre 2010 e 2015, diz a promotoria japonesa.

Fonte: G1

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