O Consórcio Nordeste enviou um ofício, nesta quinta-feira (20), ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cobrando urgência na compra de vacinas CoronaVac ao Instituo Butantan para vacinação de crianças e adolescentes.
O uso do imunizante na faixa etária de 6 a 17 anos foi aprovado nesta quinta pela Anvisa, com exceção dos imunossuprimidos. Apesar disso, não há contrato em vigor que preveja a compra das doses pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o governo federal não manifestou interesse em adquirir novas doses de CoronaVac. O Butantan possui 15 milhões de doses prontas da vacina contra a Covid-19.
Na carta do Consórcio Nordeste, o governador Paulo Câmara, recém-empossado presidente do colegiado, destaca o agravamento da pandemia da Covid-19, em decorrência da variante ômicron.
“Peço que o Ministério da Saúde realize compra das referidas vacinas já disponíveis no Instituto Butantan e proceda a distribuição entre os estados conforme o Plano Nacional de Imunização”, diz o texto.
O ministro Marcelo Queiroga disse, nesta quinta, em rede social, que aguarda a publicação da decisão da Anvisa no Diário Oficial da União e que vai considerar a inclusão no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação.
O g1 entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste foi criado em 2019 e congrega os governos dos nove estados do Nordeste do Brasil. O objetivo é integrar políticas públicas de desenvolvimento econômico e social, facilitando compras públicas e ações integradas e funcionando como um articulador de pactos de governança.
Vacinação de crianças
A vacinação de crianças no Brasil começou a ser feita no dia 14, logo após a chegada do primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer, até então, o único imunizante aprovado pela Anvisa para este grupo.
Pernambuco já liberou a vacinação para toda essa faixa etária, desde que os municípios tenham doses disponíveis. A ordem de priorização é: crianças imunossuprimidas, com comorbidades, com deficiência permanente e as pertencentes às comunidades tradicionais quilombolas.
Em seguida, caso haja disponibilidade de doses, as prefeituras foram autorizadas a iniciar a proteção das crianças por faixa etária de forma decrescente, começando com as de 11 anos.
Fonte: G1