RÚSSIA, ARÁBIA SAUDITA, PETRÓLEO E ROYALTY –
Os sauditas não devem ter ficado satisfeitos com o placar de 5 a 0 que a Rússia lhes impôs na partida de abertura da Copa do Mundo de 2018. Mas, sem dúvida, ficaram satisfeitos com a aliança selada após a visita do príncipe herdeiro do reino, Mohammed Bin Salman, ao Presidente Vladimir Putin, na abertura da Copa.
Pois logo na sexta-feira 22 obtiveram vitória importante na disputa para controlar o mercado mundial do petróleo. Na reunião da OPEP – Organização dos Países Produtores de Petróleo, reunida em Viena, concordou em aumentar a produção diária em cerca de 1 milhão de barris, que era pleito da Arábia Saudita, maior produtor do grupo, e da Rússia, que embora não o integrando é o terceiro maior produtor.
O objetivo daqueles dois Países é manter pulso em relação ao preço do produto e se contrapor aos Estados Unidos, que está em vias de consolidar como o maior produtor mundial, embora só seja suficiente para o seu consumo interno. O preço do barril de petróleo subiu levemente após o anúncio, mantendo-se na casa dos 74 dólares
Embora estes fatos tenham ocorrido tão distante do Brasil e do Rio Grande do Norte, impossível é deixar de atentar que, mesmo estando com sua atenção voltada apenas para a Copa do Mundo e para as partidas ali disputadas, inclusive entre Rússia e Arábia Saudita, os habitantes do Rio Grande do Norte e dos seus Municípios produtores de petróleo também vão ser atingidos por esses entendimentos. De vez que o royaltie do petróleo que percebem e com o qual efetua grande parte de suas despesas sofrerá impacto dos entendimentos entre Arábia Saudita e Rússia, apesar do resultado da partida de abertura da Copa do Mundo.
Alcimar de Almeida Silva, Advogado, Economista, Consultor Fiscal e Tributário