A FELICIDADE INTERNA BRUTA – FIB VERSUS O PRODUTO INTERNO BRUTO – PIB
Em várias das reformas econômica mais bem-sucedidas da história, países de bom senso aprenderam com as políticas de sucesso de outros. A Grã-Bretanha do Século XVIII aprendeu com a Holanda; a Prússia do início do Século XIX com a Alemanha; a Europa pós-Segunda Guerra Mundial com os Estados Unidos; e a China de Deng Xiaoping com o Japão.
Diante de crises orçamentárias crônicas, Alemanha, Suécia e Suíça exibiam orçamentos quase equilibrados porque, entre outras medidas, mantiveram controle de seus gastos com benefícios sociais. O que lhes proporcionou manter seus custos inferiores aos da França e da Grécia, por exemplo, como países de alta renda, como o Canadá, os mantiveram abaixo de
12 por cento do seu PIB – Produto Interno Bruto.
Mesmo com a disparada dos preços do petróleo, poucos países fizeram mudança na eficiência energética, sendo que os da OCDE usaram em média uma energia equivalente a 160 quilos de petróleo para cada 1 mil dólares do PIB, sendo de 120 na Dinamarca e 190 nos Estados Unidos. Com as mudanças climáticas, vários países mostraram como passar a uma economia de baixa emissão de gás carbônico, com os países ricos emitindo em média 2,3 quilos de gás carbônico por quilo de unidade de energia equivalente a petróleo, com a França reduzindo a 1,4, graças ao uso de energia nuclear segura e de baixo custo.
Em tempos de ansiedade generalizada, o Butão faz questões profundas sobre o próprio significado e natureza da felicidade. Em busca de uma sociedade mais equilibrada, que combine prosperidade econômica, coesão social e sustentabilidade, ganhou notoriedade por buscar a Felicidade Interna Bruta – FIB em vez do Produto Interno Bruto – PIB, o que tem estimulado outros países, inclusive o Reino Unido e até a Costa Rica.
Alcimar de Almeida Silva, Advogado, Economista, Consultor Fiscal e Tributário