A NOVA ZELÂNDIA NAO É AQUI – 

Com 5 milhões de habitantes, encravada no Oceano Pacífico, a Nova Zelândia é um caso raríssimo, conforme matéria publicada na Revista Veja, edição de 7 de abril de 2021. Onde em 31 de março passado registraram-se ali 2 casos de contaminação pelo coronavírus, enquanto o Brasil, na mesma data, com uma população mais de 40 vezes maior, registrava 84 mil casos.

Claro que somente considerando o tamanho da população e a dimensão territorial e sem considerar muitas outras diferenças de natureza política, social, econômica e cultural, seria impossível querer para o Brasil o mesmo resultado. Mas não é possível deixar de elogiar as medidas aplicadas na Nova Zelândia, como o fechamento das fronteiras e o estabelecimento de um dos lockdowns mais rígidos do planeta, que durou seis semanas, embora gerando alguma insatisfação.

No início de 2020, antes da crise, 17 mil e 500 passageiros internacionais desembarcavam todos os dias na Nova Zelândia, número que se reduziria um ano após para 400. Razão pela qual as drásticas medidas viriam a ser compensadas com um pacote de socorro financeiro de aproximadamente 50 bilhões reais, em favor de trabalhadores e pequenos empresários.

A Primeira Ministra Jacinda Ardern, num exemplo ainda que simbólico, reduziu o próprio salário e de todos os seus Ministros em 20 por cento, durante 6 meses. Enquanto se mantém firme em só reabrir completamente as fronteiras quando a população estiver totalmente vacinada, muito embora algumas das maiores cidades das duas ilhas que integram o País já estejam promovendo grandes eventos, sendo inegável a bela e valiosa lição para o Mundo.

Alcimar de Almeida Silva, Advogado, Economista, Consultor Fiscal e Tributário

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