As contas do setor público consolidado, que englobam governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registraram um déficit primário de R$ 3,401 bilhões em julho, informou o Banco Central nesta sexta-feira (31).

Isso significa que o conjunto das despesas superou a soma das receitas com impostos e contribuições no mês passado. Essa conta, porém, não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.

Segundo o BC, apesar de negativo, esse foi o melhor resultado para este mês desde 2013, quando foi registrado um superávit R$ 2,286 bilhões. Deste modo, foi o melhor julho em cinco anos.

No acumulado do sete primeiros meses deste ano, as contas públicas registraram um déficit primário de R$ 17,825 bilhões. Com isso, houve queda de 65% no resultado negativo – que somou R$ 51,321 bilhões no mesmo período do ano passado.

Esse resultado, no acumulado até julho, ajuda o setor público a atingir sua meta fiscal – que é de um rombo de até R$ 161,3 bilhões para o ano de 2018 fechado. Esse valor também não inclui os gastos com juros da dívida.

Quando se incorpora na conta o gasto do governo central com o pagamento dos juros da dívida pública (conhecido no mercado como resultado nominal), as contas públicas registraram um déficit de R$ 29,162 bilhões em julho.

Em 12 meses até julho de 2018, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 471,584 bilhões, o equivalente 7% do PIB. Esse valor é considerado alto para padrões internacionais e também para economias emergentes.

Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.

O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto dos juros básicos da economia (taxa Selic), fixados pelo Banco Central para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano, o índice mais baixo da série histórica.

O pagamento de juros nominais somou R$ 25,762 bilhões em julho e R$ 394,497 bilhões em doze meses até julho de 2018 (5,86% do PIB).

Fonte: G1

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