CORAÇÃO BALÃO –

Segundo as leis da cultura inútil, o nosso coração (o órgão) é do tamanho da mão fechada de cada um. Não sei se há comprovação científica para o fato. Os médicos me confirmem ou me corrijam.

Acontece que o coração em si transcende a matéria orgânica. Ele é mais que o que nos diz a Wikipédia: “é um órgão oco de tecido muscular estriado cardíaco que tem como função bombear o sangue de forma que circule por todo o sistema vascular sanguíneo através de sucessivos movimentos de contração, denominado sístole, e relaxamento, denominada diástole.”

Coração é um negócio para lá de engraçado. Ele cabe um filho. Fica totalmente preenchido por ele, lotado de amor. E quando chega outro filho, o amor duplica sem diminuir o primeiro amor, sem aumentar aquele coração. E quando chega um neto, o coração enlouquece, pula, dá piruetas, não diminui nem um amor, mas conhece um amor diferente, um amor meio louco por assim dizer, um amor que perde a noção da nossa própria idade, do nosso próprio limite.

E não é só por gente que nos sentimos assim. Amamos nossos animais, mais comumente nossos cães e gatos, mas o coração não exclui nenhuma raça quando se trata de cegar, o cupido “atira na doida”.

Só que do mesmo jeito que o nosso coraçãozão cresce sem crescer, ele também diminui. Quando sentimos a dor de uma perda de um ente querido, quando sentimos aquele “aperreio” que aperta tanto o peito que parece que não tem solução, quando o coração fica tão vazio que não cabe nada dentro dele…

Independente de tudo o que estamos passando, se olharmos bem dentro do peito, olharmos bem direitinho, podemos enxergar que todo aquele amor que possuímos ainda está lá dentro, junto com nossas histórias, nossas boas lembranças e toda a essência do que somos. Só precisamos saber o que procurar.

 

Ana Luiza RabeloAdvogada ([email protected])

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