A visitação ao coração de Dom Pedro I será aberta ao público neste sábado (27), no Palácio do Itamaraty, em Brasília. A exposição “Um coração ardoroso: vida e legado de D. Pedro I” fica aberta das 8h às 13h e das 14h às 18h, neste sábado, no domingo (28) e nos dias 3 e 4 de setembro.

Conservado em formol há 187 anos, o órgão do imperador deixou Portugal pela primeira vez e chegou no Brasil na segunda-feira (22), em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil, em 7 de setembro. Entre quinta (25) e sexta (26), estudantes de escolas públicas puderam visitar a relíquia.

Para os visitantes, o percurso será iniciado pela porta oeste do Palácio do Itamaraty, voltada para o Ministério da Saúde. A entrada é por ordem de chegada, sem agendamento prévio e mediante a apresentação de documento com foto.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), as seguintes regras devem ser seguidas pelo público:

  • Não será permitida a entrada de visitantes com bolsas, sacolas ou mochilas, bem como bastão de selfie, tripé e equipamentos similares;
  • Não será permitida a entrada de visitantes com bebidas e alimentos;
  • É vedado o porte de armas e de outros utensílios;
  • O(a) visitante deve seguir os percursos indicados pela equipe responsável, no tempo indicado, não lhe sendo facultada a exploração livre das áreas visitadas;
  • O(a) visitante não poderá realizar registro fotográfico ou audiovisual durante a visita;
  • O(a) visitante não deverá tocar em qualquer obra de arte ou objeto de valor histórico;
  • Pede-se, ainda, jogar lixo apenas nas lixeiras, não fumar, não falar em voz alta e abster-se de atender a telefones celulares, mantendo-os desligados ou em modo silencioso.

Chegada ao Brasil

O coração de Dom Pedro I chegou ao Brasil transportado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O órgão veio em cabine de passageiros, junto com três autoridades portuguesas e um representante do governo brasileiro.

Na base aérea, foi recebido com honrarias e levado ao Palácio do Itamaraty, em operação “silenciosa”. Na terça-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu o órgão na rampa do Palácio do Planalto. A relíquia foi recebida com uma salva de tiros de canhão.

“Dois países, unidos pela História, ligados pelo coração. Duzentos anos de independência. Pela frente, uma eternidade em liberdade. Deus, pátria, família! Viva Portugal, viva o Brasil!”, disse Bolsonaro durante a recepção do órgão.

O retorno do coração a Portugal está marcado para 8 de setembro. A Polícia Federal e as Forças Armadas devem fazer a segurança da relíquia neste período.

Negociação

De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, a negociação que possibilitou a vinda do coração de Dom Pedro I para o Brasil levou quatro meses.

Para que a relíquia pudesse ser enviada ao Brasil foram necessárias duas autorizações. Primeiro, peritos do Instituto Médico Legal da Universidade do Porto permitiram – do ponto de vista técnico – a vinda do órgão, “que é frágil”. Depois, houve uma votação, na Câmara de Vereadores da cidade do Porto, onde a viagem foi autorizada, por unanimidade.

Depois que o empréstimo foi divulgado, alguns historiadores criticaram a decisão por considerar um risco à relíquia e um gasto de dinheiro público desnecessário. O Ministério de Relações Exteriores não divulgou quanto custou a operação.

Antes da vinda do órgão ao Brasil, foi organizada a primeira exposição aberta ao público do coração de D. Pedro I, na cidade do Porto, em Portugal. O evento atraiu milhares de pessoas.

Fonte: Agência Brasil

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