CORES E MÚSICAS – Alberto da Hora

CORES E MÚSICAS –

A produção cinematográfica norte americana nos legou importantes, imorredouras e inesquecíveis obras, inclusive os musicais. Na história do cinema mundial os filmes musicados podem e devem ser entronizados como alguns dos momentos mais encantadores e envolventes da Sétima Arte.

Em uma cronologia, poderemos destacar algumas películas que fizeram a delícia dos românticos, desde quando Fred Astaire criou com Ginger Rogers o par mais encantador dos musicais. Foi na comédia A Alegre Divorciada, de 1934, com seus números de dança alegres e sofisticados. Repetiram o sucesso em O Picolino, no ano seguinte, com o show de sapateado de um Astaire perfeccionista, imortalizando a canção Cheek to Cheek.

Em 1939 invadiam as telas as aventuras da garota Dorothy e seus improváveis companheiros, ao som de Over the Raibow. O filme era O Mágico de Oz, a garota, a jovem atriz Judy Garland e a canção ainda faz sucesso. Musical da Broadway, Um dia em Nova York, em 1949, revelava o talento de Gene Kelly, ator e dançarino. Na trilha sonora, New York, New York, canção imortal. Em Sinfonia de Paris, de 1951, Gene Kelly contracena com a francesinha Leslie Caron, envolvidos pelo balé que deu seis Oscar ao filme.

Cantando na Chuva, de 1952, está na relação da maioria dos cinéfilos. Destaques para Gene Kelly, Debbie Reynolds e Donald O’Connor. De lambuja, o balé e a beleza de Cyd Charisse, as mais belas pernas de Hollywood de todos os tempos (Angie Dickinson e Kim Novak chegaram perto). Fred Astaire mais uma vez perfeito, de novo o charme de Cyd Charisse e uma grande trilha sonora fizeram a beleza do grande musical de 1953, A Roda da Fortuna. Na comédia musical Os homens Preferem as Louras, Marilyn Monroe exuberante e sensual e a beleza fatal de Jane Russell completaram o colorido desse filme encantador. Judy Garland canta soberbamente no filme Nasce uma Estrela, de 1954, embora já dependente de pílulas e álcool.

Alta Sociedade, de 1956, foi o último filme de Grace Kelly, antes de se tornar princesa. Elenco puxado por Frank Sinatra, Bing Crosby e Louis Armstrong, cantando belas canções. Yul Brynner, Oscar de Melhor Ator, 1956, no musical O Rei e Eu, o papel em que bateu recorde de representações no teatro e na televisão e Deborah Kerr desfilando em belos figurinos, cenários e canções. Meus Dois Carinhos, 1957. Musical que reuniu duas divas das telas, Rita Hayworth e Kim Novak, disputando as atenções de Frank Sinatra, em meio a canções como The Lady Is a Tramp. Cinderela em Paris, 1957. A enorme e eterna elegância de Audrey Hepburn e sua voz adorável, dançando com delicada e extrema graça. Amor, Sublime Amor, 1961. A linda Natalie Wood brilha neste musical ganhador de 10 prêmios. Música e dança marcantes e sempre lembradas.

Em 1964, o Brasil apagava as luzes para vinte anos de escuridão e as telas se iluminavam com importantes produções musicais. Minha Bela Dama, soberba encenação e músicas inesquecíveis, com a voz de Audrey Hepburn dublada nas canções. Julie Andrews, estrela da Broadway, estreava no cinema no musical Mary Poppins. Em Os Reis do Iê Iê Iê, produção inglesa, a alegria de viver dos Beatles e suas maravilhosas canções. Os Guarda Chuvas do Amor, francês. Uma doce e jovem Catherine Deneuve em história de amor tratada como opereta e uma bela canção-tema.

A Noviça Rebelde, 1965. Musical romântico com Julie Andrews. Belas imagens, locações maravilhosas e envolventes canções. Um filme Inesquecível.

Barbra Streisand emplacou dois anos seguidos de sucesso. Em 1968 ganhou o Oscar de Melhor Atriz em FunnyGirl, a Garota Genial. Em 1969, combinava talentos de cantora, atriz e comediante no filme Alô, Dolly. A música tema na voz de Louis Armstrong. Liza Minelli estrelou dois musicais. Um desempenho considerado perfeito em Cabaret, de 1972 e uma atuação menor em New York, New York, de 1977. A revelação de John Travolta, ao som do conjunto Bee Gees, nos Embalos de Sábado à Noite, de 1977, e em Greese, Nos Tempos da Brilhantina,1978.  All That Jazz, O Show Deve Continuar, de 1979. Uma declaração de amor ao teatro e ao show business. Mamma Mia! 2008. As canções do Grupo ABBA e um grande elenco, com Meryl Streep à frente, fazem o sucesso desse filme.

 

 

 

Alberto da Hora – escritor, cordelista, músico, cantor e regente de corais

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