O Exército Brasileiro manterá na ativa o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que foi exonerado nesta sexta-feira (20) da direção do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), conforme publicação do Diário Oficial da União. Ele deixa o cargo após o furto de 21 metralhadoras do AGSP em Barueri, na região metropolitana. Em seu lugar, assume o novo diretor, o coronel Mário Victor Vargas Júnior, de 48 anos, que comandará o quartel.
A exoneração de Rivelino havia sido anunciada na quinta (19) pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste (CMSE) durante entrevista coletiva com jornalistas na sede do órgão, na capital paulista.
Procurado, o Exército afirmou que a exoneração do diretor foi uma decisão administrativa do Comandante do Exército, Tomás Paiva, e que o Tenente-Coronel Batista “será movimentado e continuará exercendo funções como militar da ativa em outra unidade militar”.
‘Situação insustentável’
Apesar de o Exército não ter indícios da participação de Rivelino Batista no desaparecimento das 13 metralhadoras calibre .50 e das oito metralhadoras calibre 7,62, ele era responsável pelo AGSP. E segundo fontes ouvidas pelo g1, o furto do armamento tornou a situação dele insustentável dentro do quartel e perante seus superiores e subordinados.
O sumiço das armas foi verificado durante inspeção no dia 10 de outubro. Segundo o Comando Militar do Sudeste, a investigação interna aponta que mais de três militares participaram diretamente do furto armamento, que teria ocorrido entre os dias 5, 6, 7 e 8 de setembro.
Eles já foram identificados, mas não tiveram seus nomes divulgados à imprensa. E ainda não teriam sido presos. O número total de envolvidos no crime também não foi informado. Todos responderão a inquéritos e poderão ser punidos administrativamente, expulsos ou detidos.
O Exército suspeita que os militares foram cooptados por facções criminosas para negociar com elas a venda das metralhadoras.
Fonte: Blog da Andréia Sadi/G1