Pfizer baby está aprovada pela Anvisa desde setembro — Foto: Adilson Silveira/Prefeitura de Limeira

A agência reguladora britânica de medicamentos (MHRA, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira (6) a autorização da vacina da Pfizer para uso em bebês e crianças de 6 meses a 4 anos.

Segundo nota da MHRA, o imunizante atendeu aos padrões de segurança, qualidade e eficácia exigidos pela agência.

Os especialistas da MHRA revisaram cuidadosamente os dados de um ensaio clínico em andamento envolvendo 4.526 participantes. Os efeitos colaterais comuns esperados estavam de acordo com o que se pode prever de uma vacina nessa faixa etária.

Agora, o Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, em inglês) irá determinar se a vacina será incorporada ao programa de vacinação do Reino Unido.

E no Brasil?

No Brasil, a vacina para esta faixa etária está aprovada pela Anvisa desde setembro. A autorização permite que o imunizante seja usado no país. No entanto, até agora o Ministério da Saúde liberou a vacina da Pfizer só para crianças a partir de 6 meses com comorbidades.

Membros da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que assessora o Ministério da Saúde em temas de vacinação, já recomendaram a aplicação da vacina da Pfizer em crianças a partir dos 6 meses.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) também já deu o primeiro parecer favorável a vacina contra a Covid para crianças de 6 meses a 4 anos sem comorbidades.

Ainda assim, a pasta abriu uma consulta pública sobre incorporação do imunizante no SUS.

Para a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), as manobras de aprovação pela Conitec são situações que dificultam a vacinação de crianças no país.

“Vacina nenhuma e idade nenhuma passaram por esse processo burocrático. A vacinação de crianças a partir de 6 meses, por enquanto, é só para quem tem comorbidades. É necessária a urgente e rápida aquisição de mais doses. Só em 2022, foram mais de 13 mil hospitalizações de crianças menores de 5 anos de idade e 470 óbitos”, disse o pediatra infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.

Fonte: G1

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