Nessa quarta-feira (1º) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, da Assembleia Legislativa, ouviu três servidores estaduais: Maria da Apresentação Ubarana, Luciano de Araújo Sabino e Edileusa Leite da Costa.
A possibilidade de superfaturamento na compra de sacos de lixo hospitalares, sacos obituários, sabonete líquido e outros insumos, pautaram as oitivas dos três convidados que são ou foram servidores da Comissão de Recebimento de Materiais da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e falaram na condição de testemunhas.
A primeira testemunha a ser ouvida foi a servidora Maria da Apresentação Ubarana, que é concursada do Estado há 32 anos. Ela era responsável pela realização do memorando inicial do pedido de compra do material à época da compra dos produtos investigados. Durante seu depoimento Maria da Apresentação explicou aos deputados os trâmites seguidos pelo Almoxarifado Central da Secretaria Estadual de Saúde Pública para compra de materiais e negou qualquer envolvimento e possibilidade de superfaturamento.
Na sequência a CPI ouviu o servidor Luciano de Araújo Sabino, auxiliar técnico e servidor efetivo há doze anos do Estado, responsável pelo recebimento dos produtos adquiridos pelo órgão. Por último, os deputados ouviram Edileusa Leite da Costa, servidora do Estado há 36 anos, auxiliar de saúde e membro da Comissão de Recebimento do Almoxarifado Central da Sesap. Questionada pelo deputado Francisco do PT, sobre a possibilidade de fraudes ou superfaturamento na compra dos itens investigados, a servidora negou todas as acusações.
Ainda durante a reunião os deputados aprovaram requerimento que permite a convocação de deputados estaduais de outros Estados do Nordeste como convidados da CPI e outro que tornou investigada a testemunha Magaly Cristina Bezerra Câmara, diretora do Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Lacen).
Segundo o deputado Kelps Lima (SD), presidente da CPI, a diretora do Lacen teria negado possuir empresas no estado durante seu depoimento na comissão há uma semana. Mas, segundo ele, dados da Junta Comercial teriam apontado que ela é sócia de laboratórios de patologia na capital, o que para alguns membros da CPI deve ser apurado. O depoimento da diretora foi na semana passada quando os parlamentares apuravam detalhes do contrato para compra de exames de swab e reagentes pelo Laboratório Central da rede pública de saúde.
Em nota, Magaly Cristina Bezerra Câmara, diretora do Lacen, informou que é sócia de dois laboratórios de patologia clínica em Natal e que um deles está sem movimento nos últimos dois anos. O outro, segundo a nota, se trata de uma pequena empresa que realiza exames laboratoriais privados que não prestam serviços a nenhum órgão público. Ela também afirmou que no depoimento, na verdade, havia entendido que teria sido questionada se era prestadora de serviços ou insumos ao poder público e que a negação teria sido em relação a isso.
Fonte: G1RN