Moradores 'ilhados' na frente de casa, na Toca da Raposa, em Nova Parnamirim — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Moradores ‘ilhados’ na frente de casa, na Toca da Raposa, em Nova Parnamirim — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi

A abertura de uma cratera quase causou desmoronamento de uma casa e isolou moradores na comunidade Toca da Raposa, no bairro Nova Parnamirim, em Parnamirim, na Grande Natal.

Muitos moradores não conseguem tirar seus carros e motos das garagens e idosos não conseguem sair de casa, por causa do buraco na frente dos imóveis na rua Rua João Alfredo.

A cratera começou a se formar ainda na semana passada e voltou a preocupar a população, por causa da forte chuva que caiu sobre Natal e cidades da região metropolitana, como é o caso de Parnamirim, na noite de domingo (26).

Em 24 horas, mais de 90 milímetros de água foram registrados na capital. A força da água abriu outra cratera – dessa vez na parede de uma lagoa de captação em fase de construção.

O trecho onde o buraco se abriu fica justamente onde ocorre uma obra de saneamento básico para escoamento da água da chuva.

Procurada, a prefeitura de Parnamirim informou que a secretaria responsável discute com a empresa contratada para a obra a execução de um trabalho emergencial no local, mas não deu nenhum prazo até a última atualização desta matéria. O município ainda informou que a Defesa Civil acompanha a situação desde a noite de domingo (26) para evitar “maiores transtornos”.

Lonas foram instaladas na rua, na última sexta-feira (24), para tentar evitar novos deslizamentos de terra. Moradores relatam que algumas casas já apresentam rachaduras. A água que desce pela rua arrastou parte da terra na área que está sem calçamento devido aos serviços.

A mãe da assistente de serviços gerais Rosana Cristina do Nascimento não consegue sair de dentro de casa, por causa do desnível na frente do imóvel.

“Moro há 25 anos aqui. Nunca aconteceu isso, a gente nunca passou por isso. Minha mãe não desce, ontem eu levei uma queda para poder ir trabalhar. Cheguei no hospital toda molhada. Não tem como dormir, porque a casa cedeu, as paredes estão se molhando, a gente fica aperreado”, contou.

 

Ela também afirmou que casas vizinhas apresentam rachaduras. “Estou revoltada, indignada. Uma ação dessa, no lugar de trazer paz e alegria, trouxe foi preocupação para a gente”, disse.

Uma placa no local informa que a obra de quase R$ 4,9 milhões contratada pelo município tinha prazo de encerramento no dia 12 de fevereiro de 2023. Apesar disso, o serviço ainda está em execução.

Fonte: G1RN

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