George Lucas na 77ª edição do Festival de Cannes
eorge Lucas na 77ª edição do Festival de Cannes

A relação de George Lucas com o Festival de Cannes é tão antiga quanto a própria carreira do diretor e produtor americano. Foi no evento, em 1971, que o então futuro criador da saga “Star Wars”, franquia que revolucionaria a forma de fazer, distribuir e apreciar filmes, exibiu seu primeiro longa-metragem como diretor, o financeiramente modesto e artisticamente ambicioso “THX 1138”, na mostra paralela Quinzena dos Realizadores. O filme era um pequeno exercício de ficção científica sobre a relação entre homem e máquinas. Não revolucionou o gênero, mas apresentou ao mundo um jovem realizador visto como rebelde que voltaria à mostra francesa diversas vezes nas décadas que se seguiram, no papel de diretor ou produtor, como um midas de Hollywood.

— Em uma das vezes que estive aqui, conheci um certo (Federico) Fellini, num pátio de hotel. Foi uma grande emoção, especialmente para alguém como eu, que cresceu numa cidade agrícola com apenas dois cinemas — recorda Lucas, 80 anos completados dia 14, que recebeu no sábado a Palma de Ouro honorária, pelo conjunto de sua carreira, na 77ª edição do festival.

Lucas se aposentou da atividade em 2012, quando vendeu sua produtora, Lucasfilm, e com ela os direitos sobre suas histórias, para os estúdios Disney, por uma fortuna de US$ 4 bilhões. Decidira dedicar mais tempo à família que havia começado com a empresária Mellody Hobson, que acompanha o cineasta em suas viagens e faz questão de supervisionar de perto as entrevistas concedidas pelo marido. Mas Lucas continua atento às movimentações da indústria que ajudou a transformar com a Industrial Light & Magic, pioneira nos efeitos digitais.

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