Douglas Azevedo
Dois indicadores econômicos divulgados na semana passada sinalizaram uma tendência de crise, e acendeu o sinal de alerta para essa parcela da sociedade.
Um dos méritos dos tempos de crescimento econômico e das políticas sociais do governo foi garantir que a chamada nova classe média pudesse olhar no longo prazo e assim planejar o futuro.
Dito por muitos especialistas em baixa renda, os quase 35 milhões de brasileiros que sairam da faixa da pobreza e passaram a ter acesso não apenas ao iogurte e como também ao televisor de 42 polegadas. Finalmente puderam almejar o ensino superior, a casa própria em área com o mínimo de infraestrutura básica e também assumir gastos fixos com serviços mais sofisticados como é o caso específico da Internet, que dá acesso a construção de rede de amigos e rede de oportunidades em escala mundial.
Mas, a crise que chega como o nome de recessão, ajustes fiscais, e que ronda seriamente nosso País, pode comprometer a escalada nesta pirâmide social, onde indicadores como:
1-IPCA(Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) … que mede a inflação oficial do País, passou fácil de 8% no acumulado nos últimos 12 meses.
2-Taxa de desemprego da Pnad, que detalha o mercado de trabalho em 2/3 dos municípios do Brasil, subiu para 7,4% no trimestre encerrado em fev/2015. Há aproximadamente hum milhão e duzentos mil desempregados, com isso o poder de compra despenca seriamente.
Neste primeiro momento a parcela mais afetada é a localizada em áreas urbanas de grandes centros, por ser mais conectada à economia de mercado e por isso, mais sensível as suas variações.
O poder de compra em queda, com possibilidade de perder o emprego formal, essa parte da população fica refém do curto prazo, e é aí que reside o perigo, começa a administrar a sobrevivência do dia a dia e esquece de vez o futuro.
” Quando há planejamento, há futuro. Quando não há planejamento, há destino“.
Ao ” Sucesso” … !!!
Douglas Azevedo–Economista CORECON 1122 19a. Região e-mail: [email protected]